Com erros do primeiro ao último minuto de jogo, o Sport perdeu a segunda partida como mandante na Série A do Campeonato Brasileiro. O algoz foi o Vitória, que, ao fazer 2×1, mostrou eficiência para explorar os pontos fracos dos pernambucanos. Esse resultado deixou os campeões do Nordeste em 11º lugar. Já o Leão baiano conseguiu sair da zona de rebaixamento. Agora é o 17º, com 31 pontos.
Marcinho bateu falta na área e Rithely subiu mais que todo mundo para mandar para as redes. O problema é que o alvo do volante foi justamente a barra que seu goleiro defendia. Nada mais pode ser dito antes disso porque o cronômetro marcava apenas 45 segundos quando o Vitória marcou o gol inaugural.
Pronto, depois do gol-relâmpago podemos voltar ao contexto do jogo. A péssima fase do ataque do Sport fez o técnico Eduardo Baptista radicalizar. A dupla Felipe Azevedo/Neto Baiano foi para o banco e a experiência que deu certo contra Criciúma e Santos voltou: Vítor entrou na lateral e Patric virou atacante, com o acréscimo de Ananias e Diego Souza no papel do falso centroavante.
O que ninguém contava é que aquele gol pré-um minuto desmantelou qualquer planejamento. O Sport quis empatar de qualquer jeito e de qualquer jeitou tentou ir ao ataque. Quando alguém não individualizava outro alguém precipitava-se. Ibson foi o maior exemplo do primeiro problema e Renê do segundo. Acrescente-se o maior problema do time com a avalanche de contusões: a perda de uma marcação mais pesada no meio de campo. Embora trabalhem melhor a bola, nem Rithely nem Wendel têm a força de Ewerton Páscoa e Rodrigo Mancha, a dupla de volantes durante quase todo primeiro semestre.
Foi assim que os baianos chegaram ao segundo gol. Juan cruzou da esquerda e Henrique Matos interceptou. Mas Dinei foi espero, correu até à bola, dominou, girou e chutou forte no canto esquerdo de Magrão. Durante os quatro movimentos do atacante adversário, nem Henrique Mattos tentou acompanhar, nem um dos volantes, que deveriam estar na entrada da área, apareceu para fazer a cobertura.
Com dois gols de vantagem o Vitória encolheu-se em seu campo defensivo usando um 4-1-4-1, deixando apenas Dinei à frente. Edno e Vinícius formavam a linha do meio de campo, que recuou à medida que o tempo passava. Isso chamou o Sport para o campo ofensivo e o time da casa foi atacando, literalmente aos trancos e barrancos até o maior vacilo dos visitantes. Patric ficou livre do lado direito e Ananias o lançou. O lateral/artacante entrou na área e cruzou no segundo pau para Diego Souza subir muito alto e cabecear para as redes aos 40 minutos.
O Sport voltou para o segundo tempo com o novo sistema ofensivo parcialmente desfeito. Felipe Azevedo entrou no lugar de Vítor e Patric era de novo o lateral. No Vitória, o fraco Juan deu lugar a Mansur. A mudança do Sport não mudou nada. O time não pressionou a saída de bola, não acelerou o jogo e, principalmente, manteve Ibson enraizado no lado esquerdo. Já o novo lateral-esquerdo baiano apenas guardou posição, coisa que o antecessor não fazia.
Como o time dominava apenas territorialmente, o técnico rubro-negro promoveu outra alteração. Para satisfação da torcida, que aplaudiu, Neto Baiano foi para a beira do gramado. E para insatisfação da torcida, que vaiou, quem saiu foi Diego Souza. Com a saída de um jogador que prende a bola e a entrada de outro apenas de finalização, o Sport passou a apelar ainda mais para a bola longa.
E para piorar a relação do técnico com a torcida a última mudança envolveu dois jogadores que gozam de péssima popularidade com a torcida. Wendel saiu para entrada de Zé Mário. Mesmo depois da entrada de Zé Mário, aos 24, o Sport ainda demorou mais de dez minutos para usar Ibson centralizado. E àquela altura do jogo, o desespero já batia forte e o time preferia rifar a bola no ataque do que uma troca de passes consciente.
Esses lançamentos só fizeram consagrar o zagueiro Kadu, o maior rebatedor de todos eles. Parte da torcida perdeu a paciência e chamou o técnico Eduardo Baptista de burro. Quando o Vitória tinha a bola conseguia trocar passes com relativa facilidade, já que o meio de campo leonino não dava o bote.
Ficha do jogo:
Sport: Magrão; Vítor (Felipe Azevedo), Durval, Henrique e Renê; Rithely, Wendel e Ibson; Patric, Diego Souza (Neto Baiano) e Ananias. Técnico: Eduardo Baptista.
Vitória: Gatito Fernández; Nino, Roger Carvalho, Kadu e Juan (Mansur); Luiz Gustavo, Richarlyson e Marcinho; Vinicius (Luiz Aguiar), Edno e Dinei (Marcos Júnior). Técnico: Ney Franco.
Redação MeuSport
Com informações do Blog do Torcedor
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