Sport de olho! A criação da nova liga brasileira pode por fim a uma cultura do futebol brasileiro, os campeonatos estaduais. Segundo o presidente da Federação Paulista, Reinaldo Carneiro Bastos, a nova liga brasileira, denominada Libra, deve ter início apenas no ano de 2025, já que ainda existem contratos a serem cumpridos até 2024, no entanto, com esse novo modelo no futebol, os campeonatos estaduais podem não ter mais espaço.
Hoje, Reinaldo Carneiro Bastos, é o principal aglutinador dos cinco clubes paulistas que assinaram o acordo com a LIBRA, a Liga do Futebol Brasileiro. Enquanto 25 clubes se reuniam no Rio de Janeiro, segunda-feira, para tratar dos ajustes necessários para aderirem à nova Liga, Reinaldo Carneiro Bastos afirmava em tom solene:
“A Liga vai organizar o Campeonato Brasileiro a partir de 2025. Eu não faço parte da Liga, não terei cargo na Liga, não vou fazer parte da Liga, mas tenho certeza de que o Brasileirão de 2025 será o primeiro da Liga. Nós chegamos ao limite. E estou falando de dentro de uma Federação que é símbolo de sucesso.”
A afirmação tem especial peso, porque uma das questões a serem discutidas para o novo Brasileirão é o calendário. Será de janeiro a dezembro? De agosto a maio? Será de abril a dezembro, com os estaduais se mantendo? O que acontecerá com o Paulistão, o último estadual que dá relativamente certo, se Reinaldo Carneiro Bastos é o presidente da Federação de São Paulo e articulador dos cinco times do estado? Ele responde:
“Não podemos discutir isto agora. Seria mais um ponto de desacordo e temos de avançar no acordo.”
A Liga é consenso. A divisão do dinheiro e as fórmulas para chegar ao equilíbrio financeiro não são consensuais. Um dos executivos do Manchester City, Don Dransfield, esteve no Brasil há duas semanas. Informado sobre as reuniões para criação da Liga, espantou-se:
“Mas são os clubes que estão discutindo? Isto deveria ser conduzido por executivos e os clubes informados de como seria feita a adesão.”
O novo Brasileirão precisa ter a força esportiva do Campeonato Inglês, o interesse internacional do Espanhol e a média de público nos estádios do Alemão. O risco da Liga Brasileira ainda é ser tratada mais do viés político do que econômico. E só vai dar certo ser for fundada com a ideia de ser um enorme negócio do esporte. O Sport segue observando todas as movimentações.
Coletiva do técnico Gilmar Dal Pozzo (Novorizontino x Sport)
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