Milton Nienov foi um dos primeiros preparadores de goleiros de Magrão no Sport. O profissional, de 54 anos, trabalhou no rubro-negro entre os anos de 2005 e 2007, tendo a oportunidade de treinar o ídolo rubro-negro no inicio de sua trajetória na Ilha do Retiro, quando o arqueiro ainda não tinha caído nas graças do torcedor e, por pouco, não foi dispensado.
“Cheguei no final de 2005, após o clube quase ter caído para a série C. Era um momento complicado para o clube, com um quase rebaixamento e muitas dispensas de jogadores. Tínhamos um plantel pequeno, mas o Magrão seguia lá. Porém, estava com pouca confiança da diretoria, que não pretendia continuar com ele no elenco”, revelou Milton Nienov.
Porém, graças à intervenção do preparador de goleiro, Magrão ganhou uma nova chance no clube.
“Só tínhamos o Magrão de goleiro, seria difícil contratar mais dois atletas para a posição, então pedi para a diretoria mantê-lo no grupo para avaliarmos se ele tinha condições de nos ajudar. Poucos dias depois, pedi a permanência dele no clube, pois vi potencial para se tornar um grande goleiro e nos ajudar nas competições do ano”, relembrou.
“O Magrão sempre foi super dedicado, tranquilo, inteligente, sério e profissional. Em 2006, fomos campeões Pernambucano e subimos como vice-campeões, com Magrão sendo o goleiro menos vazado da competição, com 36 gols sofridos em 38 jogos. No ano seguinte conquistamos o bicampeonato estadual novamente com a ajuda de Magrão. Ele é merecedor de todo o sucesso que conquistou. Uma pessoa de grande coração. Tenho orgulho do trabalho que fiz com ele e da amizade que construímos”, declarou Nienov.
Milton acumula passagens por clubes como Figueirense, Sport e Vasco. Além disso, soma 13 anos de serviços prestados no futebol africano, onde trabalhou como auxiliar técnico, diretor técnico e preparador de goleiros, esta última, função que exerce atualmente no Young Africans Sports Club, da Tanzânia.
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