Mailson, ex-Sport, estava no vestiário do estádio Prince Abdullah Bin Jalawi, prestes a enfrentar o Al Fateh, como goleiro do Al-Taawon, quando recebeu a notícia que ainda agora custa acreditar: Neymar transferiu-se do PSG à Liga Saudita para defender o Al-Hilal.
“Lembro que estávamos no vestiário e falaram que Neymar tinha fechado com o Al-Hilal. Todo mundo começou a falar: “É sério? É sério? Não é possível”.
O goleiro está desde agosto de 2022 no Al-Taawon, clube que terminou a última temporada em quinto lugar da Liga Saudita e que neste momento aparece em oitavo – após dois jogos disputados.
“Quando surgiu a proposta da Arábia, não posso mentir, vim por conta do salário, mas não esperava essa evolução. Não imaginava ter que enfrentar Mané, Cristiano Ronaldo.
Financiado pelo Fundo Soberano da Arábia Saudita (PIF), os clubes fazem parte de um projeto que tem por objetivo colocar a Saudi Pro League entre as 10 melhores do mundo até 2030. Fazem, portanto, investimentos milionários no futebol. Dos 20 clubes do mundo que mais gastaram nesta janela, quatro são da Arábia Saudita: Al-Hilal, Al-Ahli, Al-Nassr e Al-Ittihad. Ao todo na Liga foram R$ 3 bilhões investidos em contratações, com a chegada de nomes como Benzema, Mané, Kanté, Roberto Firmino, Neymar.
– Eu cheguei lá e estavam todas as estrelas. Teve uma hora que pensei: o que está acontecendo aqui? Olhei para o lado tinha Mané, no outro tinha o Benzema. Ali, na minha cabeça, eu estava um menino. Passou um filme na cabeça, de onde eu vim, onde cresci. Estar junto com eles, falando eles… – diz Maílson, abrindo um sorriso solto no rosto.
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