A crise no Sport não é mais um alerta: virou estado permanente. Após 13 rodadas do Campeonato Brasileiro, o clube soma míseros três pontos e afunda cada vez mais na lanterna. A cada rodada, cresce a sensação de que a Série B de 2026 é apenas uma questão de tempo.
O torcedor já não protesta — ele silencia, o que talvez seja ainda mais preocupante. Desde o início da competição, o Leão da Ilha teve três treinadores: Pepa, António Oliveira e, agora, Daniel Paulista. Nenhum deles conseguiu dar qualquer tipo de resposta em campo.

A troca constante no comando técnico, combinada com uma reformulação apressada do elenco — com 12 dispensas e uma corrida desesperada por reforços — revela um clube sem norte, tentando apagar incêndio com gasolina.
Não se trata apenas de maus resultados. O Sport parece não competir. Falta padrão, falta intensidade, falta alma. As partidas têm sido dolorosas de assistir: defensivamente frágeis, ofensivamente inoperantes, e sem qualquer sinal de que o ambiente interno inspire confiança ou recuperação.

Daniel Paulista, nome identificado com o clube, foi chamado para ser o “bombeiro”, mas herdou um terreno em escombros. A torcida o respeita, mas sabe que o problema vai além da figura do treinador.
A raiz da crise está na gestão, nas escolhas mal feitas, nas promessas não cumpridas e em um planejamento que falhou em absolutamente tudo.
O Sport ainda tenta reagir. Novas contratações chegam, discursos são reciclados e o tom de “ainda dá tempo” insiste em ecoar nos corredores da Ilha do Retiro. Mas a verdade é que o time dá todos os sinais de quem já foi rebaixado — ainda que matematicamente não esteja.
Resta saber se alguém dentro do clube terá a coragem de olhar para a realidade com frieza e traçar um plano digno para 2026. Porque, a continuar assim, o fundo do poço pode ser ainda mais profundo do que se imagina.
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