Presidente do Conselho do Sport promete melhoras na segurança do CT e detona invasores: “Tem que ser presos”

O presidente do Conselho Deliberativo do Sport, Ademar Rigueira, se pronunciou após a invasão de torcedores ligados a organizadas. Durante a entrevista, ele expôs detalhes do ocorrido, criticou a atuação da PM e afirmou que os envolvidos serão responsabilizados.

Ademar explicou sua presença no CT, destacando que o presidente executivo do clube, Yuri Romão, o designou para acompanhar de perto os desdobramentos do caso, mantendo o Conselho alinhado com a gestão em um momento tão delicado. Segundo ele, o clube já tinha ciência de que haveria uma movimentação de torcidas após a derrota para o Juventude.

“Havia um aviso prévio sobre esse protesto. Eles comunicaram que não iriam ao aeroporto, mas sim ao centro de treinamento. O clube tentou dialogar e conter qualquer escalada de tensão, mas a situação fugiu do controle”, disse o dirigente, relatando que os torcedores forçaram a entrada no CT e invadiram o local, surpreendendo atletas que estavam perto do refeitório.

Segundo ele, a intenção inicial era abrir um canal de conversa com a comissão técnica e direção, mas a invasão aconteceu antes que qualquer diálogo fosse estabelecido.

Ademar também direcionou críticas à Polícia Militar, alegando que, apesar dos alertas e pedidos de reforço feitos com antecedência, os agentes não atuaram de forma eficiente. “A polícia foi acionada quando detectamos a movimentação. No entanto, no momento crítico, não havia efetivo no local. Depois, mesmo com a presença deles, não houve reação. É inaceitável dizer que não houve violência. Tivemos danos estruturais e a polícia permaneceu inerte, dentro das viaturas”, pontuou.

O clube, segundo ele, já iniciou a identificação dos envolvidos, utilizando recursos como reconhecimento facial. “As principais lideranças das organizadas já foram reconhecidas e os dados repassados ao Ministério Público. Todos que participaram da invasão serão punidos. O Sport não manterá mais qualquer tipo de relação institucional com a Torcida Jovem”, afirmou.

Ainda de acordo com o dirigente, muitos dos invasores não se preocuparam em esconder suas identidades. “Estavam disfarçados, mas não tinham a menor intenção de conversar. Vieram com o único objetivo de agredir e provocar”, ressaltou.

A presença de Ademar no CT também teve como propósito prestar solidariedade ao elenco e reafirmar o apoio institucional. “Os atletas precisam se sentir protegidos. São pais de família, profissionais que merecem respeito. Ninguém pode trabalhar sob esse tipo de ameaça. Esses atos foram criminosos, não manifestações de torcida”, reforçou.

Ele também reconheceu falhas no sistema de segurança do clube. “Se conseguiram entrar, é porque a proteção foi insuficiente. Recebemos relatos graves, como o de um segurança sendo intimidado enquanto portava arma: disseram que iriam entrar de qualquer forma, mesmo sob risco. Tentamos evitar um confronto direto, mas foi uma situação muito grave.”

Por fim, Ademar adiantou que o clube já tinha um projeto de reestruturação da portaria em andamento, mas que, diante do ocorrido, tudo será acelerado. “Vamos tomar medidas imediatas para reforçar a segurança e proteger nossos funcionários. Não podemos permitir que algo assim volte a acontecer.”