Mesmo em meio a uma campanha crítica na Série A, o Sport ainda acredita na permanência. Quem garante é Enrico Ambrogini, diretor-geral de futebol do clube, que foi o convidado do podcast GE Sport.
Segundo o dirigente, apesar do cenário adverso, o Leão segue trabalhando com foco na elite — sem, contudo, ignorar a necessidade de estar preparado para uma possível volta à Série B.
“Cair não inviabiliza a gestão. Todos os movimentos que estão sendo feitos é para, caso aconteça alguma tragédia, alguma coisa ruim aqui com o clube, que ano que vem não quebre, não vá começar a dever salário.”

A declaração revela um planejamento que contempla diferentes cenários, inclusive o mais temido. Enrico reforçou que, mesmo com a preparação para um possível rebaixamento, o trabalho ainda mira a permanência na Série A.
Ambrogini destacou que o Sport está longe de repetir situações de colapso financeiro vividas por outros clubes que caíram. Ao lembrar da passagem pelo Cruzeiro, entre 2022 e 2023, ele fez um paralelo com a situação atual do Leão:
“Quando a gente chegou no Cruzeiro, era inviável. Se não houvesse o aporte de alguma SAF, que foi o que teve, era inviável. Já estava com mais coisa comprometida do que receita. Hoje, o Sport não é inviável administrativamente para o próximo ano pela gestão bem feita que está sendo feita.”
Ainda que evite traçar planos explícitos para a Série B, o dirigente admite que o planejamento atual leva em conta o futuro — mas também em um contexto positivo. Segundo ele, os reforços trazidos recentemente têm potencial para render na elite.
“A gente tem que fazer movimentos que sejam para 2026 também, mas não fui olhando para uma Série B, porque vejo esses atletas como jogadores de categoria alta”, explicou.
Desde que assumiu o departamento de futebol, em 19 de maio, Enrico encontrou um clube já em crise no Campeonato Brasileiro. A missão imediata foi reduzir riscos. E isso passou por uma reformulação profunda.

Além da troca no comando técnico — com a saída de António Oliveira e a chegada de Daniel Paulista —, o dirigente promoveu mudanças significativas no elenco. Chegaram ao Sport sob sua gestão:
- Gabriel Vasconcelos (goleiro)
- Ramon Menezes (zagueiro)
- Kévyson (lateral-esquerdo)
- Aderlan (lateral-direito)
- Pedro Augusto (volante)
- Matheusinho (meia-atacante)
- Derik Lacerda, Léo Pereira e Ignacio Ramírez (atacantes)
O perfil das contratações também mudou: deixaram de ser investimentos milionários e passaram a priorizar atletas de menor custo, muitos por empréstimo.
“O momento do Sport hoje era de diminuição de risco”, explicou. “Quando você faz maior investimento em algo, você está aumentando o risco. Pode ser que não dê super certo, mas a chance de dar muito errado também é baixa.”
Mesmo sem vitórias sob o comando de Daniel Paulista, são cinco jogos e cinco empates ou derrotas, Enrico acredita que o elenco atual é mais competitivo do que o do início da temporada.
Segundo ele, o foco está em construir uma base sólida para que os resultados comecem a aparecer: “É redução de risco primeiro, para depois a gente começar a colher as coisas”, concluiu.
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