O advogado Harlan Gadelha, 50 anos, garante que aceitou ser candidato, atendendo apelo de líderes políticos do Sport e torcedores. Ele nega ter lançado a candidatura, atendendo pedido do governador Jarbas Vasconcelos, de quem é assessor especial. E promete fazer uma gestão agregadora.
JORNAL DO COMMERCIO – Quando surgiu a idéia de ser candidato a presidente do Sport?
HARLAN GADELHA – Hoje (ontem), pela manhã. Um grupo de torcedores e líderes do clube me procurou. Afinal, era necessário um nome. Eu disse que aceitava, mas com uma condição: a presença de Homero na presidência do Conselho. Ele se colocou à disposição. Como rubro-negro, não podia me furtar à responsabilidade. Depois das eleições, vou começar a procurar as lideranças do clube e a torcida também. Não tenho vínculos com nenhum grupo. Sou um torcedor que assiste aos jogos das cadeiras da Ilha do Retiro.
JC – O senhor é assessor especial do governador Jarbas Vasconcelos. Disputa o cargo com irrestrito aval dele?
HARLAN – Posso dizer que ainda não conversei com Jarbas sobre o assunto. Sou assessor especial dele e procurarei seu apoio, mas como torcedor e não como governador. É importante tê-lo ao meu lado.
JC – O senhor está ciente dos problemas que terá pela frente e do que terá de fazer para tirar o Sport da atual condição?
HARLAN – Estou convivendo no clube há três meses, quando Branquinho (o atual presidente, Severino Otávio) me convidou para ser vice-presidente de Marketing. Conheço as dificuldades do clube e a intenção é tentar reverter o quadro.
JC – Quais as principais propostas de sua campanha?
HARLAN – O carro-chefe é o futebol. A idéia é transformá-lo em uma Sociedade Anônima. Isso será colocado, obviamente, ao Conselho Deliberativo para que seja aprovado. A intenção é tirar a gerência de dentro do clube e fazer um futebol autônomo e financeiramente viável. O Sport tem meios para conquistar um patamar equilibrado e uma visão empresarial. Além do mais, não pode ser administrado apenas por ‘torcedores’. E o principal: fazer um grande canal entre o clube e a torcida para que ela venha para dentro do clube.
JC – O que significa dirigir o clube logo no ano do centenário?
HARLAN – Satisfação e uma responsabilidade muito grande. Mas a intenção é buscar a união para que os rubro-negros possam contribuir e voltar ao clube, já que muitos há muito tempo não aparecem na Ilha do Retiro.
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