Por Adelmar Bittencourt*
A imagem que ficou do jogo de ontem, para mim, aconteceu quando o juiz apitou o final da partida. A massa rubro-negra gritando “Sport! Sport!”, enquanto Cleisson – símbolo máximo da nossa garra – chegava junto à arquibancada, fazendo o gesto típico de quem mostrou raça dentro de campo e agradecendo o apoio incondicional da galera. A partida contra a 2ª Maior
Equipe de Pernambuco serviu para mostrar aos céticos (rubro-negros ou d´Os Outros) que o time vai crescer daqui para frente.
Técnica apurada? Bom toque de bola? Jogadas brilhantes? Não, não se viu nada disso no Clássico – nem de nossa parte, muito menos do 2º Time de PE. Mas o que mais me alentou foi ver que o elenco finalmente acordou para a responsabilidade que é jogar no Sport Club do Recife.
Do início ao fim do jogo o time esteve mordendo, com uma vontade às vezes até exagerada, mas com a clara intenção de vencer, coisa que faltou nos últimos jogos. Nossos atletas demonstraram que, quando se tem raça, até mesmo a tão falada falta de condicionamento físico vai para as cucuias.
Coletivamente, o Sport sentiu muito a falta de um bom articulador de jogadas no meio-de-campo. Possato é habilidoso, mas não conseguiu criar lances de perigo, e ainda saiu contundido após uma entrada criminosa de um atleta da 2ª Maior Equipe de PE (que não levou sequer um amarelinho).
Individualmente, pode-se destacar:
1 – A irrepreensível estréia de Léo Oliveira. Sereno, jogou sério e ganhou todas para o ataque do 2º Time. Quando Sandro voltar, amigos, o Sport vai ter uma zaga de respeito e dois canhões para as faltas de longa distância: um destro (Sandro) e um canhoto (Léo).
2 – A segurança de Cleisson e Ramalho. Do primeiro é até redundante falar bem. Mas o que me surpreendeu foi Ramalho, que fez uma péssima estréia contra o Porto, mas ontem jogou o fino e anulou o meio-de-campo adversário.
3 – A garra de Vinícius. Mesmo sem marcar os gols a que está acostumado, o centroavante tem sido um dos maiores destaques do Sport na temporada. Raçudo, não deixa de correr atrás das bolas e leva perigo sempre que tenta arrematar para o gol.
Há os pontos negativos, claro. Pedro Neto cansou ainda no primeiro tempo e falhou durante todo o jogo na cobertura do lateral esquerdo do adversário. Sérgio não consegue dar um drible e fazer um cruzamento sequer. Ademar até sobe com perigo, mas é um desastre na hora de chutar em gol. O jovem Diego mostrou que não foge da briga e levou perigo, mas ainda precisa ganhar mais corpo e confiança.
Como eu disse, é só mostrar a raça do jogo de ontem. O resto vem a reboque.
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