Enfim um futebol de encher os olhos dos rubro-negros. Chega de chutões, bunda na parede, covardia e desanimo. O Sport hoje tem vontade de jogar futebol, fazer gols e vencer. Recuperamos nossa alma.
Sendo honesto, me surpreendi com Enderson Moreira. Esperava mais um treinador adepto do antifutebol. Todavia, acho que devemos muito desse regresso às nossas origens aos jogadores. Já fazem anos que percebia descontentamento vindo deles contra esse comportamento acovardado dos técnicos brasileiro. Desconfio que jogadores como Vagner Love tenham ajudado a dar um basta nesse comportamento. Tudo isso sem o estrelismo de certos falsos ídolos paneleiros do passado.
Voltando a Enderson, podemos e devemos creditar a ele o quão bem esse time é treinado. Temos jogadas ensaiadas tanto com bola parada quanto com ela rolando; volantes atentos a antecipar a saída de bola do adversário e apoiar a armação; e jogadores criativos com liberdade para trocar passes pelo meio e pelas pontas, sempre buscando espaço para avançar ao gol.
Muito feliz também em ver a base resistindo e passando por cima da desconfiança. Juba desfila em campo e é o jogador mais perigoso do futebol nacional. Inadmissível perder um jogador como esse pela velha burrice de não valorizar a prata da casa. Ainda no banco (e já injustamente), Fábio e Pedro Martins fazem uma dupla de volantes que me lembra Wallace e Leomar.
Um decepção é nossa torcida. Encolhemos. Viemos passando por um longo processo de apequenamento e já desconfio que não seja possível recuperar o nosso público. Precisamos chacoalhar os rubro-negros adormecidos e não deixar que Recife se torne o túmulo do futebol do Brasil.
