A importância dos patrocínios de apostas esportivas no futebol

Rafael Fernandes - Sport
Rafael Fernandes - Sport

As apostas esportivas são uma tendência crescente no Brasil e em grande parte do mundo. Com a internet atingindo uma fase de maturidade, chegou o “casamento” das possibilidades trazidas pela nova tecnologia com os gostos, hábitos e tradições vindas do passado.

Claro que existem novas modas associadas à internet e aos computadores, como os e-sports, mas o futebol do século XX não perde nenhum de seu fascínio e de seu interesse. E é nas apostas esportivas online que a internet e o futebol estão se cruzando com mais intensidade.

Série A do Brasileirão “tomada” pelos novos patrocinadores

De acordo com uma notícia recente, publicada no portal Máquina do Esporte, 19 dos 20 times da Série A do campeonato brasileiro que será disputado em 2023 ostentarão o patrocínio de uma casa de apostas esportivas. Isso reflete bem a força das marcas e sua fé no mercado brasileiro.

Essas empresas, internacionais em sua origem, sabem que o Brasil tem uma taxa elevada de penetração de internet, incluindo com acesso a celulares digitais com todas as possibilidades de interação com aplicativos de apostas. Junte-se a isso o entusiasmo dos brasileiros pelo futebol e o sucesso é garantido.

O mais recente acordo de patrocínio, anunciado pelo Fortaleza e ainda segundo o artigo do Máquina do Esporte que acima citamos, é com a casa Novibet. O clube da capital do Ceará havia rescindido contrato com uma outra casa em janeiro e procurava agora novo patrocinador. Aposto online com Novibet sem preocupações e sabendo que se trata de uma plataforma de qualidade; com esse acordo, é certo que muitos mais brasileiros farão o mesmo nos próximos tempos.

E claro que não é só na série A que as casas de apostas estão investindo; também o Sport tem seu patrocínio com casa de apostas, constituindo uma excelente fonte de receita.

Mas, e quanto à regulamentação do setor?

Em meio a esse entusiasmo, muitos estarão esquecendo que a lei que cria um regime de apostas de quota fixa ainda não foi regulamentada. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, chamou a atenção para essa situação no início do mês de março.

Esse é um problema de gerenciamento político, pois as casas de apostas internacionais deveriam estar pagando imposto pela atividade que estão desenvolvendo em nosso país, e sem regulamentação seguem isentas.

Porém, para o usuário, isso não está fazendo diferença. A administração Bolsonaro, em meio às dificuldades para implementar um sistema capaz de agradar a todas as partes, assegurou sempre que nenhuma casa de apostas ficaria impedida de operar por falta de regulamentação da lei. A confiança transmitida aos operadores foi importante para sua implantação ao que, na prática, é um verdadeiro limbo jurídico. A nova administração Lula também não deu sinais de querer colocar nenhuns obstáculos ao trabalho das casas de apostas. Entretanto, os especialistas Douglas Leite e eErick Regis, em artigo publicado no site Jota, alertam para o perigo de a lei das apostas poder voltar ao Congresso, isso é, ao ponto de partida. Será bom que a Fazenda ande rápido para encerrar essa questão e não criar mais dúvidas nas casas de apostas investindo em nosso país.