Após renúncia, Milton Bivar diz que Sport tomou rumo diferente do que era esperado por ele e que uma eleição direta será convocada pelo CD

Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

O ex-presidente do Sport, Milton Bivar, se pronunciou pela primeira vez após sua renúncia do cargo de mandatário da equipe rubro-negra. A sua saída acabou gerando uma efervescência muito grande nos bastidores políticos do clube, já que Carlos Frederico, ex-vice-presidente, também renunciou ao cargo obrigando ao Conselho Deliberativo (CD) convocar uma reunião de caráter emergencial para definir um novo presidente temporário e o escolhido foi Pedro Leonardo Lacerda, presidente do CD.

Em entrevista para a Rádio Jornal, Milton Bivar afirmou que conversou com um advogado para entender qual seria o destino do clube com a sua renuncia. “Antes da minha renúncia, consultei o meu advogado, que se chama Roberto Veiga e é um dos melhores de Pernambuco. E ele me instruiu da seguinte maneira: ‘Milton, você renunciando, o vice assume e tem que marcar eleições diretas com 15 dias’. Só que a coisa tomou um rumo diferente. O clube, que já estava numa efervescência política desde a eleição programada em quatro meses, o que atrapalhou para a pessoa poder trabalhar com calma e tranquilidade. Mas ficou pior. Pensei que, com a minha renúncia, se acalmasse. Mas não houve isso. Os palanques continuaram armados e a coisa foi tomando uma proporção muito grande, o que fez eu renunciar”, disse Bivar.

“Conversei com (Gustavo) Oiticica e Pedro Leonardo Lacerda. Quero tranquilizar a torcida rubro-negra: na próxima eleição do Conselho, será marcado eleições diretas para 15 dias, o que é o correto. Esse pessoal que está lá ama o clube como qualquer rubro-negro. Ninguém está querendo, como se aproveitaram para falar que é golpe, ninguém está querendo nada disso. O Sport está precisando de renovação. E a possibilidade de termos uma renovação é agora, porque só com essa renovação que vamos conseguir dar tranquilidade ao futuro presidente, porque é fundamental que o próximo presidente tenha tranquilidade para trabalhar. Porque, caso contrário, vai cair na mesma situação minha, o sujeito não vai ter como trabalhar direito. E isso é muito ruim para o clube”, afirmou.

“O Sport precisa de união, tem que se unir todo mundo. Tem que dar tranquilidade e paz para trabalhar, como tive em 2019, apesar de ter um Conselho muito atuante e ativo. Mas tive condições de trabalhar. E isso é fundamental para que o próximo presidente tenha tranquilidade e consiga unir o clube. Confesso que tenho muita dificuldade na política, não gosto de conchavos. A política é um emaranhado de conchavos, não sei fazer isso. Estou saindo e espero que as coisas se acalmem com essas eleições diretas, e que o sócio tenha tranquilidade e paz para escolher o melhor para o clube”, completou.