As diferentes sedes do Mundial de Clubes na história

Ao longo de seis décadas, 61 edições do Mundial de Clubes foram realizadas entre diferentes formatos. Das 43 Copas Intercontinentais às 18 disputas no atual modelo promovido pela Fifa, a competição passou por 17 países diferentes. O Japão é o que mais vezes organizou o torneio: 33 vezes. O Brasil, por sua vez, foi sede em 2000, mas recebeu jogos em outras três oportunidades, nas décadas de 1960 e 1970.

A edição do campeonato mundial de clubes 2022 será realizada em 2023, a partir do próximo dia 1º fevereiro, nas cidades de Tânger e Rabat, no Marrocos. Principais favoritos ao título segundo especialistas e nas casas de apostas, Real Madrid e Flamengo disputarão o torneio com outras cinco equipes: Seattle Sounders (Estados Unidos), Al-Hilal (Arábia Saudita), Ah-Ahly (Egito), Wydad Casablanca (Marrocos) e Auckland City (Nova Zelândia).

O início da Copa Intercontinental

Inaugurada em 1960, a Copa Intercontinental foi a primeira versão do que é conhecido como Mundial de Clubes. Ao longo de 45 edições, participavam da competição apenas duas equipes, justamente os campeões europeus e sul-americanos. Até 1979, as disputadas aconteciam em jogos de ida e volta na casa dos times envolvidos.

Por causa disso, nada menos do que 12 países receberam o evento: Uruguai, Espanha, Portugal, Brasil, Itália, Argentina, Escócia, Inglaterra, Holanda, Grécia, Alemanha, Suécia e Paraguai. Dentre os estádios mais famosos estão na lista o Maracanã, Mineirão, La Bombonera, Centenário, Estádio da Luz, Old Trafford e San Siro.

Japão

A partir de 1980, a competição passou a ser decidida em jogos únicos em campo neutro. Até 2001, o Estádio Olímpico de Tóquio, na capital japonesa, foi a casa oficial do torneio. Entre 2002 e 2004, as últimas três edições da Copa Intercontinental foram realizadas no Estádio Internacional de Yokohama, onde o Brasil conquistou o pentacampeonato da Copa do Mundo de seleções.

Já na Era Fifa, mais oito mundiais foram disputados no país asiático, de 2005 a 2008, 2011, 2012, 2015 e 2016. Tóquio, Yokohama e Toyota foram as cidades escolhidas para sediar as partidas. No período, além do vice do Santos em 2011, três times brasileiros foram campeões: São Paulo (2005), Internacional (2006) e Corinthians (2012). O gol do título do Colorado foi marcado por Adriano Gabiru, jogador com passagem pelo Sport e que saiu no começo da histórica temporada de 2008.

Brasil

Além das edições de 1962 e 1963, com o Santos de Pelé jogando no Maracanã, e de 1976, com o Cruzeiro de Palhinha atuando em casa, no Mineirão, o Mundial de Clubes pousou em terras tupiniquins no ano 2000, para a primeira edição do torneio organizado pela Fifa.

Naquela oportunidade, o Morumbi (São Paulo) e o Maracanã (Rio de Janeiro) receberam os jogos da competição, sendo que a final foi disputada entre Vasco e Corinthians no então maior estádio do mundo, na capital fluminense. O título ficou com os paulistas, na decisão por pênaltis.

Emirados Árabes Unidos

Depois do Japão, os árabes foram quem mais vezes sediaram o Mundial de Clubes da Fifa. Foram cinco vezes no total, em 2009, 2010, 2017, 2018 e 2019. Abu Dhabi foi a única cidade a receber todos os eventos, dividindo com Al-Ain em duas oportunidades. Nos EAU, Grêmio (2017) e Palmeiras (2021) foram vice-campeões e o Inter ficou na terceira posição em 2010.

Marrocos

País-sede da próxima edição do torneio, o Marrocos também foi escolhido em 2013 (Marrakech e Agadir) e 2014 (Rabat e Marrakech). Desta vez, Rabat terá a companhia da cidade de Tânger, onde o Flamengo estreia contra o vencedor do duelo entre Wydad Casablanca e Al-Hilal. Outro brasileiro que jogou no país africano foi o Atlético-MG, terceiro colocado em 2013.

Qatar Por falar no rubro-negro carioca, a última vez em que o time disputou o Mundial de Clubes foi em 2019, no Qatar, perdendo a decisão para o Liverpool. Na ocasião, as partidas foram disputadas na capital Doha. Já no ano seguinte, o país voltou a sediar o evento, desta vez em Al Rayyan, onde o Palmeiras terminou em terceiro lugar.