“Osmar, chama Bria”! “Bria, volta, marca, Bria”! Os gritos nervosos eram do goleiro Manga, do Sport, ainda em início de carreira, preocupado com a subida de seu lateral, numa época em que era proibido ao jogador da posição ultrapassar a linha divisória do campo – o célebre Nilton Santos, a Enciclopédia, teria desobedecido ao clamor do técnico Vicente Feola na sua descambada para o ataque ao marcar um dos gols do Brasil na vitória por 3 x 0 sobre a Áustria, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo de 1958.
Os times eram escalados desta forma: trio final – goleiro, lateral (pela direita) e zagueiro, linha média – médio-volante, centromédio e médio-esquerdo, e ataque – ponta-direita, meia-direita ou ponta-de-lança, centroavante, meia-armador ou meia-de-ligação e ponta-esquerda.
No caso de Bria, o baiano de Santo Amaro da Purificação Cosme Rodrigues de Melo, falecido no Recife na quinta-feira 25 de agosto, aos 77 anos, a preocupação tinha algum sentido, porque ele já tivera alguns momentos de atacante. No alvorecer de sua carreira atuou na ponta direita e chegou a jogar também na esquerda. Sua primeira participação num jogo de campeonato pela equipe rubro-negra foi em 1949, ano em que o Leão sagrou-se bicampeão pernambucano. No dia 9 de outubro, Sport e Santa Cruz empataram na Ilha do Retiro por 5 x 5 (Zildo (3) e Schiller (2) – Sport, Milton, Alheiros, Amaury, Arquimedes e Elói – Santa), e Bria atuava com a camisa 7, a do ponta-direita. A equipe leonina naquela jogo farto de gols alinhou: Manuelzinho, Chicão e Givanilton, Vavá, Alheiros e Amaro China, Bria, Arquimedes, Varejão, Zildo e Délio.
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