Bronca! Sport demite membro da sua comissão técnica que estava há 21 anos no clube

Foto: Acervo pessoal/JC

Após 21 anos trabalhando no Sport, o preparador físico Edvaldo Tacão foi desligado do clube na última terça-feira (13). Porém, o profissional se mostrou surpreso com a sua demissão. Tacão revelou ainda que antes de ser demitido, aceitou uma redução salarial de 70%. Segundo ele, o motivo alegado pela diretoria foi o de oxigenar o departamento de futebol.


“Para mim foi uma surpresa porque você nunca pensa em ser demitido, né? Principalmente em um clube onde você constrói uma história com títulos, conquistas. Aprendi a ter uma família dentro do clube. E quando a direção veio me comunicar eu perguntei o motivo e não tinha. O motivo era oxigenar. Eu respeito, mas tenho minhas convicções de saber que fiz o melhor para o clube”, disse, em contato com o NE45.


O preparador físico revelou ainda que deixa o clube com alguns salários atrasados. “Tenho uma relação boa com o presidente Milton Bivar, que é uma pessoa que eu admiro. Trabalhei com ele no título da Copa do Brasil de 2008 e em 2009 na Libertadores. Agora recentemente ele pediu para eu reduzir o salário em 70% e eu aceitei, com a expectativa de melhora a situação em 2021. Eu ajudei o clube no momento mais difícil e agora que a situação poderia melhorar, não teve isso. Tem algumas pendências desde a outra gestão. Alguns salários atrasados também da atual gestão. Tudo foi muito rápido. Recebi centenas e centenas de mensagens de torcedores agradecendo pelo o que eu fiz pelo clube. E a única coisa que eu pedi a direção foi que ela honrasse comigo os compromissos, assim como eu sempre honrei com o clube ao longo desses 21 anos”, afirmou.


Com tantos anos dedicados ao Sport, Tacão vem recebendo várias mensagens de apoio desde o seu desligamento. E sem fazer objeção caso receba um convite dos rivais Náutico ou Santa Cruz. “Durval, Magrão me ligaram. Tenho com eles uma relação para o resto da vida. Do atual elenco quase todos os jogadores também me ligaram. Trabalhei com mais de 40 treinadores, mais de 45 preparadores físicos. A gente vira uma família. Trabalhei a minha vida toda no Sport e agora vamos galgar outras situações. Vamos esperar porque está tudo ainda muito recente. Eu também trabalho na área acadêmica, mas não quero deixar de trabalhar com o futebol não. Não tenho paixão clubística. Tenho paixão de defender meu pão de cada dia”, encerrou.