O protocolo de saúde para a realização das competições nacionais deve ter alterações com a decorrer das competições. Um balanço das três primeiras semanas da volta do futebol será feito ainda no fim de desta semana, afirmou Jorge Pagura coordenador médico da CBF.
“No protocolo, está colocado que ele pode ser modificado a qualquer momento. Então ele vai, sim, realmente sofrer modificações. A gente diz que ele é uma peça viva, é uma foto do momento. Mas ele pode ser modificado, sim, sempre para que melhoremos nosso controle, seja com evidências científicas muito bem pautadas ou até por alguma observação. Estamos avaliando diariamente tudo o que está acontecendo. E o que for necessário fazer para melhorar, nós vamos aprimorar esse protocolo quantas vezes forem necessárias.”
O procedimento adotado pela a entidade já teve mudanças nesse período. Principalmente após o atraso da entrega do resultado dos exames da Covid-19 dos jogadores do Goiás. Assim a CBF alterou o prazo de entrega do diagnóstico. 24h para o time mandante e 12h antes da viagem do clube visitante.
“Toda vez que é feito um protocolo, ele é pensado no maior número de pessoas que pode atender. À medida que as especificidades aparecem, esse protocolo pode ser adaptado”, disse Raphael Einsfeld, médico do Esporte e coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário São Camilo.
Einsfeld comenta o caso do Atlético-GO que teve quatro jogadores que testaram positivo para o novo coronavírus e foram liberados para jogar contra o Flamengo no dia 12. A justificativa foi baseada na normativa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do governo norte-americano, aceita pela CBF.
“O CDC puxa uma revisão sistemática de Oxford. Eles descobriram que, após o oitavo dia de infecção, no indivíduo que está assintomático, não há mais replicação viral, apesar de o PCR vir positivo. O PCR pode vir positivo por muito tempo, porque ele detecta o RNA do vírus. Não necessariamente o vírus, mas parte dele.”
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