Uma partida. Esse período de 90 minutos foi mais que suficiente para o volante Cleisson conquistar de vez a torcida do Sport. Ele fez sua estréia diante da Portuguesa/SP, jogando às 11h num calor infernal. Mesmo assim, correu o tempo todo, mostrou muita vontade de vencer e, principalmente, muita raça. Sem dúvida, a raça apresentada foi o suficiente para cair nas graças da torcida leonina em apenas um jogo.
“Sempre joguei dessa forma. Minha característica é essa, com muita raça. Sempre tive muita vontade de vencer, e por isso jogo com muita raça”, afirmou Cleisson Edson Assunção, jogador de 32 anos, 1,80m, e 76 kg. “Fico feliz por saber que a torcida do Sport gostou da forma como jogo. É uma torcida que cobra muito, por isso tenho que dar meu máximo e não me acomodar pelo fato dela gostar de mim. Minha meta é continuar conquistando o torcedor a cada jogo”, disse.
Pelo fato de jogar com muita raça e vontade, Cleisson é tido como um jogador violento, mas ele garante que essa fama não é correta. “Não sou violento. O problema é que muitos torcedores e cronistas confundem raça com violência. Mas ser chamado de violento não me incomoda. É como falei: não vou mudar minha forma de jogar. Só para se ter uma idéia, só fui expulso umas três ou quatro vezes em dez anos de carreira. Como posso ser violento dessa forma? Entro sério e chego junto mesmo, mas com lealdade”, afirmou.
Sobre o fato de ser violento, durante um treino na Ilha do Retiro, ele entrou com mais força em Leozinho, que sem estar acostumado com isso durante um treinamento, chiou. Questionado sobre o assunto, Cleisson foi enfático. “É meu modo de jogar e não vou modificar. Série B é uma competição dura”, disse, no que foi apoiado por grande parte dos torcedores leoninos.
Uma curiosidade marca a carreira de Cleisson. Quando começou a jogar futebol, no Cruzeiro, ele era atacante. “Comecei como atacante no Cruzeiro. Mas ai o Paulo Autuori, técnico do Cruzeiro na época, achava que nosso time não marcava bem e me recuou para a meia, tanto é que fui para o Flamengo como meia. No Flamengo, fui recuado mais ainda e virei volante, que é a posição que gosto mais de jogar. Jogo onde precisar, mas me acostumei a jogar de volante. Foi uma necessidade”, disse. Foi como volante que ele jogou ainda no Grêmio, Atlético/ MG e Brasiliense. Sobre o fato de ficar mais longe do gol, ele não se preocupa. “Fazer gols é bom, e quando der para marcar vou fazer um”, diz o raçudo jogador, que mesmo de volante, já marcou um gol com a camisa do Leão, contra o Avaí, em Santa Catarina.
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