Coluna – A Tribuna do Leão

2005, O ANO DO OTIMISMO
Por Adílson Gomes Filho*

Ano Novo, vida nova. Meta traçada por milhares de pessoas, esta frase – que de tão usual, já se tornou batida –, pode sintetizar o desejo de toda a Nação Rubro-Negra nesse início de 2005. O ano que ficou para trás não deixa saudade alguma para a equipe de futebol do Leão da Praça da Bandeira. Pelo contrário. Deve ser esquecido ou, no mínimo, lembrado como o ano onde tudo aconteceu, menos a coisa certa. Mas o fato é que, sempre no ano que se inicia, as esperanças se renovam e as pessoas tendem a ser mais generosas. Todos se enchem de expectativas e passam a acreditar que dias melhores virão. Mesmo que, ano após ano, a realidade nos mostre o contrário. Esse fenômeno é salutar, pois permite que criemos um marco zero em nosso planejamento de vida. Ou seja, encerra-se um ciclo, vira-se a página e a luta recomeça, em busca do objetivo traçado e não alcançado. O slogan criado pelo Governo Federal retrata com fidelidade: “sou brasileiro, não desisto nunca”.

Imbuído desse espírito ufanista, poderíamos fazer um retoque e, num gesto meramente ‘plagista’, a frase poderia mudar para: “sou rubro-negro, não desisto nunca”. É com esse pensamento que devemos mergulhar em 2005. Jamais deixarei de acreditar que 2005 será o ano do Sport Club do Recife. Até porque, trata-se do emblemático ano do Centenário do clube. Uma data perseguida por qualquer instituição de respeito que se preze. Momento propício para mexer com a emoção dos amantes da instituição, o marco do Centenário é o tema do ano em Pernambuco. Nossos oponentes não sossegarão um segundo no intuito de brecar nossas conquistas. Este fato por si só, já é motivo suficiente para permitir previsões otimistas para 2005. O Rubro-Negro de verdade há de se envaidecer e deixar o pessimismo embaixo do tapete, nos fundos de casa.

É tempo de depositar confiança naqueles que estão assumindo a direção do clube. Todos lembram que o processo sucessório foi bastante conturbado. Muitos foram os rubro-negros que se atiraram no processo eleitoral, com as propostas mais mirabolantes possíveis. Alguns, temos de admitir, tentando tirar proveito do espaço disponível na mídia para faturar em seus negócios – o que é lastimável. Pois bem, houve um processo de “zeramento” do pleito e o empresário Luciano Bivar foi ungido à condição de candidato de consenso. Não cabem aspas na palavra consenso, tendo em vista que o processo democrático comporta muito bem o contraditório, o opositor. E o que se viu no dia 16 de dezembro de 2004 foi a homologação do nome de Bivar.

Por tudo isso (início de ano, ano do Centenário, unidade das principais forças políticas do clube) é que me arrisco a conclamar toda a Nação a ser mais otimista. Estamos montando um time para atravessar o primeiro semestre com êxito. Não adianta pensar no retorno à 1ª Divisão sem antes garantirmos o título estadual. Cada coisa em seu devido tempo. Pelo que tenho visto e escutado, o time que está sendo montado não será definitivo. Há espaço, brecha para aquisição de outros atletas, à medida que forem necessárias suas aquisições. Com planejamento e profissionalismo, as metas tendem a ser alcançadas. Como diz o ditado popular: “o otimista pode até errar; o pessimista já começa errando”.

Mais um

Como muito bem lembrou Lenivaldo Aragão, em sua coluna “No pé da conversa”, no último domingo, do JC, Leozinho é mais um atleta do Leão a seguir para o Vasco. Junta-se a Ademir, Ilo, Adésio, Vavá, Almir, Adilson, Valfrido e Juninho, o reizinho da Ilha. Resta-nos torcer pelo seu sucesso, para repetir o feito da galeria citada. O Sport só tem a ganhar.

Mais três

O Sport já contratou nove jogadores. No curso desta semana fecha o ciclo de contratações com mais três aquisições: um primeiro volante e dois meias, um canhoto e um destro. Fora disso, será surpresa.

Isolados

O elenco rubro-negro segue para a pré-temporada numa cidade bem distante da capital. Betânia é uma pequena e simpática cidade do sertão do estado. Lá, o time terá à disposição uma infra-estrutura de encher os olhos. Um espaço grandioso para a cidade, que só se justifica nesses momentos.

Coisas de “boleiro” I

Um programa policial de televisão da cidade fez bastante suspense hoje de manhã (segunda-feira, 03/01/05). Colocou no ar trechos de uma entrevista de uma garçonete que se diz vítima de um ex-jogador do Sport. Segundo a cidadã, o jogador, que defendeu o Leão ano passado, engravidou-a e recusa-se a assumir a paternidade. Quem será?

Coisas de “boleiro” II

Jogador de futebol é um ser acomodado mesmo. O Sport corria o risco de não poder levar um zagueiro para Copa São Paulo de Juniores, pois o mesmo não tinha (até o final da tarde de ontem, 03/01/05) o título eleitoral, um dos documentos exigidos para a inscrição na competição. O atleta pensava que o clube tinha obrigação de tirar toda sua documentação. Na terra do meu pai esse jogador seria apelidado de… Deixa pra lá.