Comissão de Arbitragem explica lances polêmicos envolvendo o Sport, e presidente da FPF dispara: “Vida que segue”

Foto: Divulgação/FPF
Na última quinta-feira (14), Rogério Caboclo, Presidente da CBF, recebeu a visita do Diretor de Futebol do Sport, Augusto Caldas, que estava acompanhado de Evandro Carvalho, Presidente da Federação Pernambucana de Futebol. O encontro foi para tratar dos assuntos abordados na nota oficial publicada pelo leão, onde o clube pedia a anulação da partida e a não utilização de arbitragem de vídeo (VAR) nos jogos restantes do rubro-negro na Série A.
De acordo com Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol, em entrevista exclusiva ao Esportes DP, os lances que estavam gerando polêmicas foram revisados e explicados pela Comissão de Arbitragem. Pontuando a autonomia da Comissão de Arbitragem nas questões, ele citou alguns dos lances polêmicos e comentou que foram todos avaliados sob o regimento da FIFA.
“A CBF não se envolve, a Comissão é autônoma, até por força de lei. Todos os lances que haviam dúvidas, do Grêmio quando o zagueiro cabeceou e a bola atingiu o próprio braço dele. Do Palmeiras… todos os lances foram demonstrados pelo próprio treinamento que a FIFA encaminha para todas as comissões do mundo”, afirmou.
O presidente também detalhou as exceções que existem na regra onde o lance pode ou não ser considerado mão. “Foram exaustivamente explicados que aqueles lances não são infração, porque para ser mão tem as exceções. Quando o zagueiro chuta e bate na mão de outro zagueiro dentro da área, não é mão, a não ser que esteja em direção ao gol. Quando o zagueiro cabeceia e bate no braço dele, no caso do Grêmio, não é mão…”, disse.
Evandro reafirmou que existem chances de erros para o recurso tecnológico e relembrou mais alguns casos que foram rebatidos pelo Sport. “O que não quer dizer que o VAR não possa errar, por exemplo, teve um lance do Sport com o Botafogo que o lateral esquerdo do Sport chuta a bola e atinge o braço do defensor do Botafogo e o árbitro não deu mão. O VAR chamou porque entendeu que era mão, mas o árbitro entendeu que não era e a decisão é dele, a autonomia é do árbitro. Teve um outro lance numa queda que Hernane Brocador levou do zagueiro, antes da bola na mão com o Palmeiras”, comentou.
Se baseando nas explicações enviadas pela FIFA, Evandro fez questão de colocar o “poder” do árbitro de campo acima do VAR. “Sobre o lance da mão, o VAR chamou o árbitro para revisar os dois lances, e ele revisou. O da mão é claro, é questão técnica, que aquele tipo de lance na mão, segundo a FIFA, não é pênalti. E o lance do zagueiro é que seria pênalti, mas o árbitro entendeu novamente por uma avaliação subjetiva dele que era contato. O que prevalece não é o VAR, mas a decisão do árbitro. Dito isso, não tem o que fazer. É vida que segue”, finalizou.