“A culpa foi nossa. A responsabilidade é nossa. Agora, vamos ficar quatro meses sem jogar, e o clube vai enfrentar problemas financeiros.”
Foi com esta declaração que, após mais um desastre, o zagueiro Sandro, capitão do time, tentou justificar o injustificável. Foram com estas falsas palavras que fomos obrigados a nos deparar, quando na verdade merecíamos muito mais. Sinceramente amigos, recebemos como um verdadeiro tapa na cara este ‘desabafo’ do Sandro, um jogador que foi contratado para ser um líder, um herói, um exemplo. Para nós, ele disse: ‘- Pronto, acabou, estamos livres!’ Porém, ele esqueceu que nós, torcedores, não estamos livres. Muito pelo contrário, o pesadelo torna-se cada vez pior!
É revoltante que um atleta criado na Ilha do Retiro, que deve muito mais ao Sport do que ele mesmo possa imaginar, tenha uma reação tão apática após o fim do sonho de todos nós. É constragedor e humilhante que o homem que voltou sob o estigma do ‘bom filho à casa torna’, tenha se mostrado tão descompromissado com o clube que o fez nascer para o futebol e que o estendeu a mão num momento difícil de sua carreira, confiando-lhe uma tarefa tão sublime e importante.
Sandro, se você realmente acredita nestas suas palavras, seja digno e tome uma atitude! Mostre a todos nós que há algum sangue correndo em suas veias e que seu retorno não foi totalmente em vão. Tenha a hombridade, a honradez, de admitir de fato seu fracasso, assuma para si a derrota, abra mão do seu salário até o final do contrato e peça a rescisão imediatamente, sem ônus algum para o Sport. Dê o exemplo, afinal, antes tarde do que nunca!
Mas não pensem amigos, que Sandro é o único culpado ou que queremos transformá-lo em monstro. Mas se for para listar todos os inúmeros irresponsáveis que, direta ou indiretamente, foram culpados por esta horrenda temporada, não terminaremos tão cedo. Assim sendo, escolhemos o símbolo desta aberração que foi o elenco 2005.
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