Demora no Caso Élder já esgota a paciência leonina

Afora a situação atual do Sport, que ocupa a 22ª posição na classificação da Série B do Brasileiro, outro assunto tem tirado os rubro-negros do sério. De tanto que já se falou – e a pendenga ainda se arrasta –, é quase um acinte perguntar à direção do clube em que pé anda o caso do volante Élder. Há quase dois meses na Ilha, ele ainda não pôde ser regularizado para participar do campeonato, em virtude de sua documentação ainda não ter sido enviada pelo Kalithea, clube grego que ele defendeu na temporada passada.
O coronel Adelson Wanderley, supervisor do futebol, de tanto marcar supostas datas para a chegada da papelada, não fala mais sobre a confusão de gregos e brasileiros. “Quando tiver algo de concreto, vocês (imprensa) ficarão sabendo. Por enquanto, não direi mais nada”, resume.

Tão chateado quanto o supervisor, como não poderia deixar de ser, está o atleta. Segundo Élder, depois de todo o esforço de sua parte – foi obrigado a pagar do próprio bolso a multa rescisória de US$ 25 mil (cerca de R$ 75 mil) –, veio a decepção: “Parece que só as pessoas que fazem o errado levam vantagem. Tudo que tinha de fazer, fiz. Agora encontro-me sem possibilidade de jogar”, desabafou.

Élder, por outro lado, diz ter uma liminar concedida pela Justiça do Trabalho de Minas Gerais, garantindo o seu direito de trabalhar. Esse trunfo parece ser, atualmente, a melhor arma do Sport, que recorrerá novamente à CBF e, até mesmo à Fifa para tentar a regularização do jogador. “Tenho plena confiança de que a direção do Sport vai me ajudar a sair dessa. Acho que não será mais através do advogado que está à frente do caso”, disse o atleta, sem entrar em detalhes.

Outra medida está sendo arquitetada por Élder para assim que a Série B terminar. Ele promete colocar o agente Luiz Alberto de Araújo na Justiça. “Depois de ele receber o dinheiro do empréstimo, do clube grego, sem ter depositado nos cofres da Portuguesa, clube ao qual eu estava vinculado na época, não existe outra medida a tomar. Por todo o prejuízo que ele me causou”, encerra.