Desclassificação não foi comemorada somente pelos adversários

Se houve alguém que se beneficiou com a desclassificação do Sport, na Série B do Campeonato Brasileiro, para o desespero de alguns torcedores, foram as namoradas de alguns rubro-negros. “O tempo que restou, utilizo com minha namorada”, revelou o torcedor Saulo de Tarso, analista de sistemas, 28 anos.

Por outro lado, ele lembra com tristeza o adeus à competição, no empate, por 1×1, contra o CRB, em Alagoas. “Fiquei decepcionado. Acreditava na classificação”, diz.

A tristeza de Saulo foi potencializada quando teve de encontrar os amigos da pelada de que participa, no Clube dos Bombeiros, na Avenida João de Barros. “Tiraram todo tipo de gozação. Essa é a pior parte de torcer por um time desclassificado”, lamenta.

Com a saída do Sport da Série B, Célia foi beneficiada duplamente. Primeiro, ela é tricolor. Segundo, é a namorada do vendedor César Lourenço, 29 anos, que deixou de ir aos jogos do Leão, na Ilha, e de assisti-los nos barzinhos, para se dedicar exclusivamente ao amor da sua vida. “Mas para quem é torcedor, o Sport faz parte de nossa vida”, declara.

Ao contrário de Saulo, no entanto, César não acreditava que o Sport passaria para a segunda fase do certame. “Mas não deixei de ficar triste por sair cedo da competição”, afirma.

Sem perder jogos do Sport no Recife, este ano, o vendedor Ricardo Ferreira, 39 anos, deixa o lamento de lado, por um minuto, e diz que, no momento, o importante é que o Sport comece a montagem do time visando à próxima temporada. “Para eu voltar a torcer, porque depois que o Sport saiu, não vejo mais futebol”, resigna-se.