Dia divino! Salve o Sport Club do Recife! 116 anos de muita história!

Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem
Foto: Brenda Alcântara/JC Imagem

Há exatos 116 anos, graças ao fundador Guilherme de Aquino, nascia a maior fonte de orgulho e imponência esportiva da história de Pernambuco. O Leão da Ilha já nasceu grande, moderno, amado e odiado, ou seja, tradicional. Mas o que faz essa instituição ser tão gloriosa a ser considerada uma religião por seus torcedores e um peso clássico para a federação global que rege o futebol? É fácil, vamos para a história:

Em 1919, o clube foi convidado a participar de uma série de amistosos no norte do país, e contra um combinado Remo-Paysandu, o Sport venceu por 2 a 1, gerando a revolta dos paraenses, que indignados com a derrota, quebraram parte do troféu, que tinha um leão no design, episódio esse que virou um símbolo de luta, guerra e vitória do rubro-negro que passou a ter o animal como mascote e ‘Leão do Norte’ como alcunha.

Nos anos 70 foi dono do primeiro projeto da lenda da arquitetura Oscar Niemeyer e do time mais midiático da história do Nordeste, o “Supertime da Ilha” de 1975. Na década 80 vive um tempo mágico, em 1987 conquista um título que é seu por legitimidade, vencendo no campo contra quem jogou e nos tribunais de quem fugiu, usando a verdade, a justiça e os fatos para massacrar em cada ano as narrativas, as mentiras que tentam transformar em verdades, os profissionais, emissoras e personagens que tentam sem sucesso alimentar injustiças, e assim, sendo exemplo de educação esportiva nacional.

Nos anos 90 volta a brilhar com a juventude e sua base, em 94 se torna o 1° campeão da Copa do Nordeste. Uma geração de craques criados na Ilha, partindo pra conquistar a Seleção Brasileira, a Libertadores e a Europa. A força daquelas peças se estendeu até o fim do século, com o excesso de técnica, leveza, diversão e protagonismo, sendo o vice colocado na fase de pontos corridos do Brasileirão em 2000, ano que marcou mais uma conquista do Nordestão e vice-campeonato da Copa dos Campeões, feitos que fizeram o técnico Emerson Leão ser treinador do Sport e da Seleção Brasileira ao mesmo tempo, motivando que a amarelinha fosse capitaneada pelo volante leonino Leomar.

O século 21 só confirma essa fortaleza, claramente com esses feitos: 42º título do Campeonato Pernambucano; ser o único clube do Nordeste a conquistar a Copa do Brasil e a jogar a Libertadores na era moderna; ser o primeiro clube do Brasil a vencer Colo Colo/CHI e LDU, do Equador fora de casa (esse último meses antes havia perdido apenas por 1 a 0 pro Manchester United de Cristiano Ronaldo, Scholes e Rooney); em 2017 ao lado do Cruzeiro se tornando o brasileiro com mais participações consecutivas na Sul-Americana (5) e 1° nordestino a chegar as quartas-de-final; tornar-se o clube da região com mais atletas convocados pra Seleção Brasileira (13), tendo no seu último, Diego Souza, o autor do gol mais rápido da história canarinha; ver seu atleta Mark González ser campeão da Copa América pelo Chile; E claro, dono da torcida que por diversas pesquisas lidera o ranking na região e quebra o termômetro das redes sociais.

Pelo canhão de Alemão, pela revolução tática de Ademir, pelas mãos endeusadas de Magrão, pela liderança de Durval, pela leveza de Adriano, pela cabeça erguida de Bentacor, pela paixão de Marcílio de Aguiar, pelo carinho de Rogério, pelos gols de Djalma Freitas, pela raça de Sandro Goiano, pelo gigantismo do pequenino Manuelzinho, pela modernidade de Zé Maria, pelo motor de Dutra, pelo hat-trick de Romerito, pela velocidade de Mirandinha, pela longevidade de Bria, pelo amor atemporal de Baixa, pelo encaixe Merica-Givanildo-Ratinho-Denô, pelas raízes de Almir, Chiquinho e Luís Carlos, pelos braços erguidos de Estevam, pelo pioneirismo de Zago, pelo quinteto Naninho-Gringo-Soca-Geo-Traçaia pela precocidade de Emerson Leão, pelo faro de títulos de Dinho, pelo bigode de Luis Müller, pelos feios e belos gols de Dadá, pela catimba de Carlinhos Bala, pela irreverência de Leonardo, por teus 116 anos, parabéns e muito obrigado por existir!

*Texto de Lucas Barcelos