Dirigente do Sport explica motivo para investidas no mercado sul-americano

carreras (Foto: Reprodução / Sport Club do Recife)
carreras (Foto: Reprodução / Sport Club do Recife)

Com a janela de transferências em andamento, o Sport fechou até aqui a contratação de nove reforços, dos quais quatro já foram apresentados oficialmente. E desses jogadores, chama a atenção o fato de quatro serem estrangeiros: o volante argentino Nicolás Watson, o lateral esquerdo Lucas Hernández, o meia Blas Cáceres e o atacante Ray Vanegas. A escolha por esse mercado faz jus ao que havia sido externado pelo técnico Gustavo Florentín ainda em 2021, quando o paraguaio afirmou que buscaria nomes de outros países da América do Sul para reforçar o Leão na temporada 2022.

O vice-presidente de futebol do clube, Augusto Carreras, concedeu entrevista onde falou a respeito da busca do Sport por atletas além das fronteiras brasileiras. Segundo o dirigente, o conhecimento do técnico Gustavo Florentín, que já trabalhou no Paraguai, no Chile e na Bolívia, além da experiência de toda a sua comissão técnica em relação ao mercado sul-americano tem sido o principal fator para essa procura. Mas outros motivos reforçam a decisão, como o valor mais acessível dos jogadores e as constantes oportunidades de mercado.

”No Brasil, os clubes do Sul sempre exploraram mais esse mercado. Já os grandes de São Paulo nem precisam conhecer tão a fundo porque possuem condições financeiras de sempre contratarem os melhores. A nossa dificuldade era não conhecer esse mercado, mas agora temos uma comissão técnica completa que atende isso.”

Yuri Romão (esq) e Augusto Carreras (dir) conversaram com os atletas
Foto: Anderson Stevens / Sport Club do Recife

Campeonato Paulista dificulta a concorrência do Sport no mercado

Augusto Carreras, no entanto, não deixou de considerar também os fatores de risco em explorar um mercado alternativo. Dentre eles, foi citado a adaptação, que já foi pedra no sapato de outro jogadores que passaram pelo Sport em temporadas anteriores. Porém, a dificuldade em competir atletas com outras equipes do Brasil nesta época do ano é acentuada em virtude da valorização de cada campeonato estadual, sobretudo o Paulistão, que tem maior visibilidade.

”Além disso, é um mercado financeiramente bem mais atrativo que o nacional. Lógico que se aumenta o risco, pela questão de adaptação, mas por esse preço, o mercado sul-americano não tem comparação. O do Brasil está muito inflacionado e sem jogadores. Nesse momento, ainda temos a concorrência do Campeonato Paulista. O Paulinho Moccelin, por exemplo, preferiu disputar o Paulistão pelo São Bernardo.”