Elenco e mercado! Diretor do Sport fala abertamente sobre temas importantes

Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife
Chico Guerra não faz mais parte da diretoria do Sport. Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife

Passada a primeira parte da temporada, vem aí uma nova etapa para o Sport. Depois de ser eliminado na primeira fase da Copa do Brasil, eliminado na fase de grupos da Copa do Nordeste e conseguir se classificar na segunda colocação da primeira fase do campeonato pernambucano, o Leão agora se prepara para disputar a reta final do estadual e a tão esperada Série A.

Diante disso, o diretor de futebol Chico Guerra fez uma análise de todo esse momento. Chico, em entrevista concedida para a Rádio Jornal, começou falando sobre a montagem do elenco rubro-negro e explicou que, apesar dos resultados iniciais não agradarem, a formação do grupo tem sim uma aprovação por parte da torcida.

70% dos times brasileiros reformulam seu elenco ano após ano, é um trabalho muito difícil. Nós tivemos um bom desempenho nesse período de contratações. Definimos prioridades e quase todas elas vieram para o clube. O torcedor questiona mais o resultado, mas a montagem do elenco tem agradado, eu não tenho escutado muitas críticas quanto aos jogadores que estão sendo contratados. Os resultados sim, eles não ocorreram no início do ano, mas foram compreensíveis diante da montagem do elenco. Espero estar com esse plantel bem definido para o Campeonato Brasileiro”

Sobre o mercado, Chico Guerra disse que já enxerga uma retomada das atividades. Além disso, Chico falou que o Sport necessita ter muita cautela no momento atual e aceitar que não pode fazer pagamentos exorbitantes de salários.

Esse mercado tá mais ativo que o do ano passado. O mercado lá pra fora será mais ativo. Alguns países da Europa já estão retomando as atividades. Vi clubes como Real Madrid e Juventus trocarem atletas. Houve uma retração muito grande, mas esperamos um mercado muito ativo para saída de jogadores. Internamente o mercado brasileiro continua muito caro, inflacionado. Os clubes do Brasil pagam salários muito altos. Eu vejo clubes do Nordeste com salários que surpreendem e não consigo enxergar o Sport nesse patamar. Não somente enxergar como aceitar. Não é por ter a receita que você tem que gastar a receita. Se tenho 100 eu não vou gastar 100, tem que guardar uma parte. Eu tenho achado o futebol no Brasil muito caro, por isso muitos jogadores sul-americanos por aqui. Você vê equipes vizinhas nossas pagando salários altíssimos. A gente tem muito cuidado aqui no Sport para não pagar sobrepreço nos jogadores, passando do nosso teto estamos fora.”