Onze dias após a derrota para o Vila Nova (2×1, em Goiânia) que custou a entrada do time na zona de rebaixamento e o emprego do técnico Luís Carlos Ferreira, o Sport volta a jogar hoje, às 16h, com a obrigação de vencer, na Ilha do Retiro, seu maior rival, o Santa Cruz, para se reabilitar moralmente num campeonato, a Série B do Brasileiro, que ainda não chegou sequer à metade – esta é a 11ª de 23 rodadas.
E por incrível que pareça, há razões para explicar a ansiedade por vitórias que teimam em não vir na seqüência desejada para dar mais ânimo a jogadores e torcedores. Eis algumas: 1) o Sport tem a mais alta folha salarial da Série B do Brasileiro, que gira em torno de R$ 400 mil, 2) tem um elenco que, pelo menos, no papel, é apontado como um dos melhores, com Robgol, Sílvio Criciúma, Nildo, entre outros, tem uma torcida exigente, que não se conforma em não estar no grupo dos classificáveis e à frente dos rivais Náutico e Santa. Isso, só para citar os aspectos mais visíveis.
O fato é que querendo ou não, uma derrota terá um efeito psicológico desastroso para os leoninos, que pegam uma indigesta série de jogos: Bahia (terça, na Ilha), Remo (16/7, em Belém) e Fortaleza (24/7, na Ilha). O empate não serve, é pouco. Só a vitória interessa ao time de Heriberto da Cunha, que treinou o Leão no Brasileiro/2002. Ele é o quarto técnico na temporada. Antes, sentaram-se no banco de reservas Hélio dos Anjos, Nereu Pinheiro e Luís Carlos Ferreira, todos sem sucesso. O time tem um aproveitamento de 36,6% dos pontos disputados, representados por duas vitórias, cinco empates e três derrotas. Marcou 11 gols e levou 16.
O otimismo, no entanto, marca o espírito para esta ‘decisão’. Heriberto trabalhou a semana inteira a melhor opção dentre os onze que entram em campo e não se esqueceu do aspecto psicológico. “Os jogadores estão conscientes de que o Sport, com o grupo que tem, não pode ficar na zona de rebaixamento. Temos de nos recuperar e brigar pelo título. Sinto que eles estão com vontade e sabem que com duas vitórias subiremos. No momento, temos de esquecer que estamos tão mal na classificação”, diz ele, que dispensou quatro, quarta-feira: os volantes Emerson Paraná, Marquinhos Bolacha, o meia Marcos Aurélio e o atacante Vítor Hugo.
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