Harlan Gadelha é candidato

Quando todos os rubro-negros esperavam por um ‘medalhão’, que saísse como forte candidato à presidência do Sport, no biênio 2005/2006, eis que o nome a surgir, ontem, foi de um quase desconhecido para a torcida: Harlan Gadelha. Advogado, ex-deputado estadual e federal constituinte e atual assessor especial do governador Jarbas Vasconcelos, ele afirma que foi levado a tomar a decisão por um grupo de torcedores. Gadelha já jogou basquete pelo clube.

O atual presidente, Severino Otávio, o Branquinho, que está comandando a sucessão, ainda não se manifestou sobre o fato. Ao contrário. Com muito o que tratar no futebol – os atletas se reapresentam hoje, após quatro dias de recesso –, o assunto ‘eleição’ encaminhou-se para os bastidores. Fica para os próximos dias a decisão se Branquinho apoiará Gadelha.

A conversa deve se dar tão logo acabem as eleições municipais deste ano. Gadelha deve disputar o pleito rubro-negro, em dezembro, com Alfredo Bertini e Marcos Belfort, que já lançaram oficialmente a candidatura. Ele diz que nunca fez parte dos grupos políticos hegemônicos na Ilha.

Gadelha terá no Conselho Deliberativo, caso vença o pleito, o ex-presidente Homero Lacerda, até pouco tempo atrás um pré-candidato. Outro nome forte a apoiar Gadelha, é o de Jarbas Vasconcelos. O médico Sílvio Guimarães, ex-diretor do clube, também deve ser procurado para compor a chapa. Ele é considerado um bom nome para atuar na área administrativa.

O ex-dirigente Wanderson Lacerda afirmou que não podia fazer, ontem, uma análise sobre a candidatura de Gadelha. Mesmo assim, afirmou que uma outra opção deveria ter surgido através de Branquinho, que está dirigindo o processo sucessório e conversando com ex-presidentes e lideranças do clube.

“Acho que essa candidatura veio por cima do crivo de Branquinho. Ficou uma situação esquisita. Estou sabendo que o governador Jarbas Vasconcelos está por trás dessa candidatura. Mas não veto nomes”, afirma. “O nome que preside o Conselho geralmente é o do último presidente. Seria, por justiça, Branquinho”, disse Wanderson, esquecendo-se de que, na última eleição, o então presidente Fernando Pessoa foi alijado do Conselho, presidido atualmente por Júlio Campos.