Herói sempre foi rubro-negro

Não foi por acaso que o técnico Neco acertou em cheio ao colocar Jadílson no segundo tempo do jogo contra o Bahia, terça-feira passada, na Ilha do Retiro, quando, na virada que entrou para a história do clássico, o atacante marcou duas vezes a garantiu a vitória do Sport por 3×2. A relação dos dois até parece roteiro de cinema, afinal, foi o atual treinador rubro-negro quem lançou o jogador para o futebol profissional, subindo o atleta dos juniores para a categoria adulta do Unibol, em 2000.

Mas não é só. O primeiro encontro aconteceu bem antes do que se imagina. Em 1999, Neco comandava o time de juniores do próprio Sport e observou Jadílson num peneirão. Depois do teste, pediu para que o ainda aspirante a jogador retornasse em outra oportunidade. O atacante, entretanto, interpretou aquilo como uma desaprovação e preferiu não mais tentar a sorte no clube de coração. Por ironia, esbarraram-se novamente no mesmo ano, já na equipe do Unibol.



Jadílson, Leão desde pequeno


Dali em diante, a carreira de Jadílson só fez evoluir. Em 2002, ele se sagrou vice-artilheiro do Campeonato Pernambucano da Primeira Divisão pela modesta equipe do Petrolina, com nove gols marcados. O grande goleador da competição foi Júnior Amorim, pelo Santa Cruz, com 13 gols. Mas nem essa façanha foi suficiente para chamar a atenção dos três grandes do Estado. Acabou acertando contrato com o Atlético Paranaense, que ainda detém os direitos federativos do atleta.

Depois de disputar o Paranaense e o Brasileiro da Série A de 2003 pelo Furacão, o atacante foi tentar a sorte nos Emirados Árabes. Na temporada 2004/2005, Jadílson marcou 23 gols pelo Benyasse e levou o time à primeira divisão do campeonato local. Voltou para o Brasil ao término da competição e quase desembarca no Náutico. O destino, porém, já reservava o reencontro com Neco e a exibição irretocável contra o Bahia, levando ao delírio a torcida do Sport.

Foto: Folha PE