Jair Ventura quebra o silêncio e fala pela primeira vez após sua demissão no Sport

Imagem: Reprodução / SporTV
Após o mau começo de temporada, Jair Ventura não é mais técnico do Sport. Em um comunicado no Twitter, o Sport confirmou a saída do treinador. O técnico foi o convidado da edição de hoje do ‘Seleção Sportv’ e, em sua primeira entrevista após a saída, revelou frustração com a diretoria do clube pernambucano.
“Eu não concordo com os motivos que fizeram eu interromper o trabalho, mas respeito a decisão. A gente luta para que possa haver mudança nesse volume de demissões de treinadores do futebol brasileiro. No entanto, estamos cada vez mais distantes disso acontecer. Quando me tornei treinador profissional em 2010, sabia que isso iria correr. Então, não posso chegar aqui e dar de pobre coitado, chorando, lamentando, eu sei que o mercado funciona dessa maneira”, disse.
Jair Ventura criticou o volume de demissões no futebol brasileiro e questionou a longevidade dos treinadores no país. “Eu não queria que fosse assim. Agora, é ficar preparado para uma próxima oportunidade e que eu possa fazer trabalhos longevos. É incrível que eu fiquei sete meses no Sport e já estava entre os cinco treinadores mais longevos do Brasil. É uma triste realidade. Infelizmente, sete meses de trabalho é considerado um trabalho longevo. É triste, mas é assim. Treinadores por aí são demitidos com um mês de trabalho”, afirmou.
O treinador disse ser favorável à nova medida imposta pela CBF que limita demissões de treinadores na próxima edição do Brasileirão. “Achei ótima a nova regra limitando a troca de treinadores durante o Campeonato Brasileiro. A gente dá um passo muito importante, vamos qualificar mais os profissionais. Os clubes irão fazer menos apostas, vão trazer treinadores com boas ideias mas que conseguem colocá-las em prática. Isso é muito diferente. Uma coisa é ter a ideia e modelo de jogo, colocá-la em prática é o desafio que nem sempre se consegue. Acredito que os treinadores terão mais tempo para trabalhar. Não só para o clube mas para o treinador também. Sou favorável a essa mudança, acho que damos um passo importante para diminuir esse volume de trocas no comando técnico dos clubes”, finalizou.