O meio-campista Juninho Pernambucano afirmou que está tentando convencer os dirigentes do Lyon, tetracampeão francês, a trazerem o time para uma excursão ao Brasil. Se conseguir, o Recife será uma das cidades a serem visitadas. A possível vinda do Lyon, no entanto, só aconteceria no próximo ano.
Segundo o meia da seleção brasileira, campeão da Copa das Confederações, a visita seria uma espécie de promessa do presidente do Lyon, clube que o pernambucano ajudou na conquista de seus quatro títulos nacionais.
“Eles estão indo pela segunda vez fazer uma temporada na Coréia do Sul. Quem sabe na próxima não vêm para o Brasil?”, indagou o jogador, durante entrevista ao programa Fórum Esportivo, da Rádio Jornal. “Antes do campeonato, o presidente do Lyon disse que se a gente fosse campeão, o time viria ao Brasil”, acrescentou.
Em férias no Recife, após o título de campeão da Copa das Confederações, Juninho mostrou estar por dentro das notícias sobre os clubes pernambucanos. Disse que vê grandes possibilidades de Sport e Santa Cruz estarem na próxima fase da Série B. Afirmou também que o meia Rosembrik é o melhor jogador em atividade no Estado. “Pelo menos ele mostrou grande futebol nas partidas a que eu assisti”, ressaltou.
O meia ainda falou sobre a possibilidade de voltar a atuar por algum clube do Recife. “Não vejo problema algum em jogar pelo Santa Cruz ou pelo Náutico. Mas a prioridade seria o Sport, claro”, destacou, lembrando que era torcedor leonino, antes de virar ídolo, em 94.
Juninho chegou a treinar nos Aflitos, na época do infantil. Mas a falta de estrutura nas categorias de base do clube dos Aflitos fizeram-no mudar-se para o Sport. Lá, trocou o futsal (competia nos dois esportes simultaneamente) pelos gramados e se deu bem.
“Em 93, o Sport tinha oito meio-campistas. Quatro ficavam no time titular nos coletivos e quatro na equipe reserva. Tinha ainda dois que ficavam de fora. Eu era o novo”, lembrou. “Mas o professor Nereu, a quem eu devo muito, disse que não precisaria contratar mais jogadores para a posição no ano seguinte, porque tinha um na casa. No ano seguinte, fui titular e fomos campeões”.
Apesar da empatia com a torcida, Juninho não chegou a ser titular no Sport por um ano. Já em 95 era negociado, juntamente com o atacante Leonardo ao Vasco, por US$ 1,5 milhão (cerca de R$ 3 milhões, 550 mil). Ficou lá por cinco temporadas, conquistando dois títulos brasileiros e uma Copa Libertadores. Em janeiro de 2001, entrou na Justiça contra o clube carioca e, após seis meses, conseguiu a liberação para atuar no Lyon. Está lá até hoje. Seu contrato se encerra em junho do próximo ano.
“Tenho propostas da Itália e da Espanha, mas minha intenção é continuar no Lyon”, afirmou, acrescentando que o novo contrato seria de três a quatro anos, e que uma das cláusulas obrigaria o clube a organizar um jogo de despedida.
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