Leão no Lance! – Sem futebol e sem técnico

O jogo de ontem à noite com o Itacuruba foi o estopim para a saída do técnico Heriberto da Cunha, que deixou o comando técnico do Leão após o terceiro empate seguido sem gols do time da Praça da Bandeira. No primeiro tempo o jogo se resumiu a poucas chances de gol, o Leão praticamente nada produziu a não ser algumas jogadas alçadas na área, mas nada que empolgasse a torcida e fosse palpável e mostrasse uma evolução tática do Sport.

Ainda na primeira etapa o Sport perdeu Lúcio por uma contusão no tórax e no seu lugar entrou o jovem Diego, que por sua vez não conseguiu dar velocidade e criatividade ao meio-campo, muito menos municiar o ataque rubro-negro. No segundo tempo o Sport volta mais aceso, porém, limita-se a jogadas de ligação defesa-ataque. O meio de campo nada produzia e que tinha na figura de Clayton Xavier sua peça mais lúcida.

Heriberto ainda tenta dar mais ofensividade ao meio campo rubro-negro com outra substituição, a entrada de Doriva no lugar de Pedro Neto. Aos 23 minutos o Leão tem 5 escanteios a seu favor e logo depois o jogador Clayton do Itacuruba é expulso em jogada violenta. Brasília ainda entra no lugar de Sérgio, mas de nada adiantou. Mais um 0x0 que os torcedores do Leão foram obrigados a engolir, fazendo com que todos pedissem a saída do treinador.

Outro fator negativo na Ilha foi a péssima arbitragem do juiz Carlos Costa, simplesmente lastimável, um juiz sem pulso, ruim tecnicamente, totalmente perdido em campo e incapaz de coibir o antijogo produzido pelo Itacuruba em toda partida, no primeiro tempo deveríamos ter tido no mínimo 4 minutos de desconto, no segundo ele acabou com um a menos que havia indicado que daria. Uma verdadeira vergonha para o quadro de árbitros da Federação Pernambucana de Futebol. Aliás, péssimas arbitragens contra o Leão virou rontina nesta ano de 2005.

Com relação a Heriberto, sua situação se tornou insustentável. Mesmo sendo um treinador de excelente caráter e que indicou bons jogadores para o Sport, infelizmente o time não correspondeu dentro de campo. Sabemos que entre os jogadores ainda não há o entrosamento necessário para renderem o que sabem, mas até agora o Leão mostrou muito pouco, londe do que garantiria seu comandante no cargo. Logo após o término da partida, o diretor Gustavo Dubeux comunicava a impresa que a saída de Heriberto era uma decisão admistrativa e que a contratação do futuro treinador do Sport seria tratada com rapidez.

Boa sorte a Heriberto, que sempre demostrou respeito pela camisa Leonina.

Notas:

Maizena: Tranqüilo, praticamente não teve trabalho. Nota: 6

Sérgio: Sua pior partida pelo Sport, inseguro errou passes ridículos. Nota: 2

Sandro: Bem postado, tem que calibrar na pontaria nas cobranças de falta. Nota: 5,5

Clécio: Vem melhorando e passando mais confiança, tem de saber evitar faltas, pois as comente em demasia. Nota: 5

Ademar: Tentou algumas jogadas de linha de fundo, mas não reeditou a boa atuação do clássico. Nota: 4,5

Léo Oliveira: Improvisado, não comprometeu, jogou com seriedade. Nota: 5,5

Pedro Neto: Fora novamente de sua real posição, tem momentos da partida que ele dorme. Nota: 5

Cleiton Xavier: Muito boa estréia, habilidoso tentou puxar o ataque do Sport, mas a saída de Lúcio não o fez render mais: Nota: 6,5

Lúcio: Um banho de sal grosso faria bem ao meio campista, saiu machucado aos 35 minutos do primeiro tempo. Nota: 3

Vinícius: Muita luta, mas nada que fosse eficaz para levar o Spor a vitória. Nota: 5

Rinaldo: Lutou, mas saiu demais da área, está sem ritmo de jogo e as vezes tropeçava na bola. Nota: 5

Diego: Tentou armar jogadas, mas não produziu praticamente nada. Nota: 4,0

Doriva: Deu um pouco de mobilidade ao meio campo, mas depois insistiu nos lançamentos e nada mais deu certo. Nota: 4

Brasília: Deu um chutão no final que a bola foi parar em Boa Viagem, ainda não justificou sua contratação. Entrou no final e fica sem nota, apenas esse lance bisonho.

Heriberto da Cunha: É verdade que futebol requer entrosamento e tempo, mas já era hora de alguma coisa mudar dentro de campo e o time ter uma postura mais estável e com alguma evolução tática, não conseguiu fazê-lo produzir , mas é um profissional sério. Nota: 4