Leão perde em seu melhor jogo

O Leão perdeu para o Bahia ontem à noite na Ilha do Retiro, com gol marcado aos 15 minutos do segundo tempo, por Renna, em um contrataque concedido pelo Sport.

Infelizmente não temos gordura para queimar e sendo assim, amargamos uma posição bem complicada na tabela, estando na zona de rebaixamento.

O Sport começou com um futebol compacto, pressionando o Bahia e ocupando os espaços deixados pelo time da boa terra. Logo aos 4 minutos Nildo em grande jogada carimba a trave do goleiro Márcio, do Bahia, este sendo o nome do jogo. Em dois minutos o time do Bahia fez cinco faltas seguidas, e deixou torcida do Leão enfurecida. O arbitro da partida tinha pouco poder de decisão. Mesmo jogando com raça o Leão vez por outra dá espaço e o Bahia chega com perigo em chutes de Selmir. Jean Carlos que começou a partida alternando entre altos e baixos, estabiliza a atuação e começa a se sobressair na partida. O Bahia equilibra o jogo, mas a partir dos 29 minutos, um bombardeio leonino acontece na Ilha . Aos 31 minutos Kanela chuta por cima em jogada em que Robgol e Jean Carlos pediam a bola livremente.O Leão é só pressão e aos 32, Jean chuta por cima., e daí o que se deu foi um verdadeiro bombardeio. Nos 40 minutos em grande jogada de Robgol, este serviu Jean Carlos que chutou para uma grande defesa de Márcio para que a bola pegasse na trave e voltasse para a zaga baiana em um capricho dos deuses. 44 minutos Kenela manda uma bomba, esta bate na zaga e o goleiro espalma, aos 46 minutos Silvio Criciúma dá uma de atacante e chuta de primeira e novamente o goleiro do Bahia espalma para escanteio. Este foi batido mas o limitado arbitra acaba o primeiro tempo em lance em chute da Kanela o que obrigava marcar outro escanteio.

Começa o segundo tempo e com ele o lance mais polêmico da partida, o Leão bombardeia e em chute de Nildo a bola bate trave e na mão do zagueiro do Bahia. Pênalti. Que o arbitro nada marca. E aí vem o pecado! Em uma jogada sem pretensão, O Bahia sai em contataque, e Robert, que por falta de pulso do arbitro “apitou” o jogo todo, serve a Renna que havia entrado e com um chute cruzado marca o gol baiano. Heriberto da Cunha muda e coloca Danilo Goiano, no lugar de Kanela cansado e Ricardinho no lugar de Robgol, logo depois coloca Leozinho este sendo um equívoco por parte do bom treinador rubro-negro. Mesmo assim o Sport é pura pressão, infelizmente sem nenhuma ordem e a partida fica por isso mesmo, no melhor jogo do rubro-negro da Ilha do Retiro no ano de 2004, onde a torcida leonina aplaudiu o time nos finais de seus dois tempos.

Não tem comparação com o time treinado por LCF, Heriberto deu outra vida ao Sport, o Leão melhorou demais e não tem culpado pelo fracasso do jogo. Para os céticos foi falta de competência, para os místicos de sorte, e por aí vai. Uma coisa é certa. O time do Sport teve atitude, foi pra cima, não se intimidou com o time do Bahia que foi formado no começo da competição. Uma coisa é bem mais certa que outra, prefiro um Sport mordendo e mesmo perdendo, mas pode escapar de coisa pior, pois vi uma crescente muito grande no seu futebol, do que ganhando, e tapando o sol com a peneira com um futebol medíocre, este reflete a minha opinião e respeito todas as outras.

NOTAS

Maizena: Sempre regular, o gol não foi sua culpa. Nota: 6

Luciano Baiano: Tem rapidez e é habilidoso, mas não acertou sequer um passe, nem um cruzamento. Nota: 3

Silvio Criciúma: O Xerifão deu espaços e errou passes que não podia errar no primeiro tempo, depois se recuperou. Nota: 5

Edgar: Zagueiro de raça e que marca em cima do lance, injustamente encostado por LCF, grande partida, jogou com raça. Nota: 7

Ademar: Parecia que sua suspensão tinha sido de 50 meses, mesmo começando bem depois parecia jogador que não tinha alma e caiu no rendimento. Nota: 4

Everton: Jogou bem enquanto teve fôlego, distribuiu o jogo, mas deu espaço no gol dos Baianos. Nota: 5

Cleisson: Jogou muita bola, e com determinação, cobriu espaços, roubou bolas e saiu pro jogo, mas cansou no segundo, tem crédito. Nota: 7

Canela: Inibido no começo do jogo, quando se soltou foi um perigo, infelizmente saiu cansado. Nota: 6

Nildo: No primeiro tempo ditou a regra da partida, no segundo não teve fôlego e deixou o time na mão. Nota: 6

Jean Carlos: É incansável, erra passes, às vezes até é irrita, mas joga com muita vontade, se desloca bem, e marca com muita raça e foi sempre um perigo pra zaga do Bahia. Nota: 6.5

Robgol: Um garçom, este foi a sua função no jogo. Deu passes, defendeu, cabeceou, enfim! Fez de tudo, menos o gol”detalhe importante”, mas saiu aplaudido pela torcida. Nota: 7

Danilo Goiano: Tem vontade e raça, mas nada de objetivo, tem que ver que não resolve nada sozinho e o Bahia é mais time que o Ituano. Nota: 5

Ricardinho: A volta do “The Flash”, foi uma decepção. Mais por culpa da mudança que mesmo dele, pois o jogo para ele é em profundidade. Não sabe criar e tentou fazer isso, não é porque jogou em Portugal que o espírito de Figo irá baixar nele. É útil, mas em outra situação. Nota: 4

Leozinho: De parabéns pela convocação, o xodó da Ilha tem de ser mais objetivo. Errou passes que um “sub 20” jamais erraria, mas tem todo tempo do mundo pra aprender e vai levar nota baixa pra ter mais vontade de acertar. Nota: 4

Heriberto da Cunha: Mostrou que conhece o Sport e seu poderio de fogo. Tem a simpatia da torcida e a mesma tem por ele. O time mudou totalmente, virou da água pro vinho. Só errou em tirar Robgol, colocando Ricardinho que só joga em profundidade e na velocidade, sacando a referência da área que o Leão possuía, mas demonstrou que fechou o grupo e que os erros demonstrados são naturais de uma nova formação de uma equipe que nunca jogou junto. Recolocou Edgar no time e foi extremamente positivo para o elenco. Mesmo com a derrota do Sport mostrou uma coisa chamada “atitude” que é virtude principal de quem quer vencer, Se vai lutar para ficar entre os “0ito, ou não descer, eu sinceramente acho que o Leão pela sua tradição e pelo que vi na” “mão” de Heriberto da Cunha, em 10 dias, nós ainda vamos chegar, até porque depois de hoje, mesmo com a derrota, eu confio no Sport Club do Recife e em sua mística, agora mais do que nunca.