Lembra dele? Atacante de 269 milhões que pode render frutos ao Sport

Foto: Marlon Costa/Futura Press/Folhapress

Neste sábado, Cristiano Ronaldo vai fazer sua estreia com a camisa do Manchester United em uma partida contra um time que tem um ex-atacante formado na categoria de base do Sport: Joelinton. O atleta saiu da equipe pernambucana em 2015, após acertar com o Hoffenheim, da Alemanha.

Na sequência foi emprestado para o Rapid Viena, da Turquia, por duas temporadas e depois retornou ao clube alemão, onde se destacou e foi vendido por R$ 269 milhões para o NewCastle, da Inglaterra.

Como clube formador, o Sport possui direito a receber uma pequena porcentagem de todas as vendas do atleta para algum clube e, caso se destaque novamente no clube inglês e seu valor aumente, o Sport pode lucrar novamente uma boa grana com o jogador.

Em entrevista para a ESPN, em 2016, Joelinton detalhou como foi seu início de carreira, desde quando saiu de Aliança, interior de Pernambuco, até chegar ao Sport e despontar para o cenário internacional do futebol. Confira alguns trechos:

INFÂNCIA

“Meu pai nunca deixou faltar nada para gente. Com meus 12 anos, eu vendia cachorro-quente e pastel com a minha tia. Nunca precisei fazer outras coisas e gostava muito de jogar futebol”, afirmou Joelinton à ESPN, em 2016.

ESTREIA NO SPORT

“Foi uma emoção enorme e a realização de um sonho. Estreei em um clássico na semifinal na Copa do Nordeste no estádio do Arruda . Estava bom para a gente, estávamos ganhando e com um jogador a mais. Atuei uns 10 minutos na partida. Fomos para a final e depois viramos campeões ”

PRIMEIRO GOL

“Meu primeiro gol foi no jogo contra o Fluminense, na Arena Pernambuco, era meu terceiro jogo no Brasileiro. Empatamos por 2 a 2 e joguei bem. Nem sei te explicar a sensação de ter balançado as redes. Fiz alguns bons jogos, mas oscilei bastante por ser jovem. O Eduardo Baptista sempre falava para ter calma que iria passar por aquilo. Ele me ajudou demais. Tenho muito carinho e sou grato ao Sport, que me abriu as portas”

INTERESSES DE EQUIPES

“Eu tive algumas sondagens de clubes no Brasil, mas nunca chegou nada concreto. Quando veio a chance de ir para a Alemanha, eu pensei muito se era a hora certa. Mas sempre gostei de desafios e resolvi encarar. Era o melhor para mim e minha família”, explicou.

FIRMINO

“Ele me falou que era um grande clube com estrutura boa e que o começo foi difícil para ele por causa do clima e do idioma. Mas com o tempo eu ia superar se trabalhasse forte. Às vezes falavam que era o ‘novo Firmino’ por causa disso, mas tinha que explicar que ele tinha feito a história dele e jogado muito bem, não tinha nada a ver. Disse que minhas características são diferentes das dele dentro de campo e que iria batalhar por meu espaço”

ADAPTAÇÃO

“Foi um ano mais de adaptação. Joguei só cinco minutos contra o Schalke 04. Aprendi muito, foi bom também. Para comer era bem difícil, pedia uma coisa e vinha outra (risos). Depois aprendi umas palavras e deu certo. Eu ia cortar o cabelo tive que ir a três cabeleireiros diferentes. Eu e o Vargas não conseguíamos cortar do jeito que gostávamos. Daí, não ficava bom e éramos zoados pela galera”

RAPID VIENA

“Acho que os dois anos que passei atuando no Rapid Viena foram importantes para que eu evoluísse tanto como profissional, como pessoa também. Amadureci muito e aprendi muito taticamente tendo essa experiência para que pudesse voltar ao Hoffenheim com uma bagagem e uma melhor noção do que é o futebol europeu”