Com o passar do tempo, os candidatos ao cargo de presidente do Sport vão aparecendo e mostrando suas idéias para convencer os sócios leoninos que merecem um voto de confiança. O grande objetivo do advogado Marcos Belfort, por exemplo, caso ganhe as eleições para assumir a presidência do Sport no biênio 2005/2006 é investir pesado nas categorias de base do clube. E vai avisando: uma vez sentado na cadeira de presidente de todos os rubro-negros, vai lutar e muito para construir um Centro de Treinamento, que se chamaria Toca do Leão.
“Na década de 90, o Sport ficou reconhecido nacionalmente por revelar grandes jogadores para o Brasil e para o exterior. Hoje, praticamente não vemos mais o clube revelar grandes atletas. É preciso ver que a venda de jogadores da casa podem alavancar um clube financeiramente. Por isso quero construir a Toca do Leão”, informou Marcos Belfort.
O candidato à presidente quer construir um CT com três ou quatro campos oficiais de treinamento, que serviriam tanto para revelar jogadores como para treinamento do elenco de profissionais. “Essa é a intenção. O Sport recebe uma boa verba todo mês do Clube dos 13 (cerca de R$ 140 mil mensais). No final do ano, isso chega ao montante de pouco mais de R$ 2 milhões. Esse dinheiro poderia ser investido para a construção da Toca do Leão”, explicou.
Belfort falou ainda que não é favorável à antecipação do processo eleitoral do Sport. “Acho que o calendário deveria ser respeitado e o pleito eleitoral mantido para dezembro”. Na semana passada, o presidente Severino Otávio, o Branquinho, afirmou que vai marcar uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo para tentar antecipar as eleições para a primeira quinzena de novembro.
Questionado se faria parte de algum dos clubes que estão divididos politicamente dentro do clube, Belfort esquivou-se. “Não faço parte de grupos. O que quero é ver o Sport na Primeira Divisão. Já me reuni com algumas lideranças, como o ex-presidente Fernando Pessoa, Gustavo Oitica e Antônio Lage, único presidente de honra do Sport”. Ele deixou no ar se poderia ou não abrir mão de sua candidatura. “Se for o caso de abrir mão para o bem do Sport, vou conversar até chegar a um denominador comum”. Vale lembrar que Belfort e Alfredo Bertini, outro candidato ao cargo, são amigos: eles trabalham no mesmo escritório de advocacia.
Sobre a montagem do time do Centenário, ele falou que é preciso ter responsabilidade. “Não podemos fazer loucuras. É preciso ver que depois dos 100 anos, o clube vai completar 101, 102…”, completou.
Belfort tem uma reunião marcada com Branquinho na quarta-feira à tarde. Na ocasião, eles vão tratar de algumas idéias para, então, Branquinho se pronunciar sobre o nome preferido para comandar o Sport.
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