Por muito pouco a surpresa vista ontem, no gramado da Ilha do Retiro, não foi refletida no placar do jogo envolvendo Sport e Petrolina, na estréia das equipes no Campeonato Pernambucano. Quem esperava um daqueles jogos de ataque contra defesa, em favor do time da casa, enganou-se completamente e presenciou um encontro que permaneceu indefinido a maior parte do tempo. Acabou sendo contemplado o time de melhor elenco, o Sport, que encontrou muitas dificuldades para vencer por 3×1.
Desde o início da partida, podia-se comprovar aquilo que o técnico do Sport, Heriberto da Cunha, tinha preconizado no decorrer da semana: o jogo seria muito difícil, devido à falta de entrosamento e de uma melhor condição física. O que ninguém esperava era que o Petrolina demonstrasse tanta qualidade na saída de bola e, especialmente, incrível organização e velocidade nos contra-ataques. E foi isso o que aconteceu.
Apesar da qualidade dos laterais e do bom futebol apresentado por Doriva e Diego, na equipe rubro-negra, o bem organizado time sertanejo representava uma enorme dor de cabeça para a dupla de zaga do Sport, Romildo e Clécio. Desentrosada e, em determinados momentos, batendo cabeça, a defesa falhou no lance que, aos 14 minutos, determinou o primeiro gol do Petrolina, marcado por Aílton.
Incentivado pelos mais de 20 mil torcedores que compareceram à Ilha do Retiro, o Sport não desanimou, mas teve que enfrentar outro adversário: a catimba da equipe rival. Enfrentando uma equipe bem organizada e bem fisicamente, era fundamental que o Sport empatasse o jogo ainda no primeiro tempo, sob pena de não ter pernas para correr atrás do resultado na etapa final. Foi o que aconteceu perto do fim, aos 40 minutos, com o gol marcado por Brasília.
O intervalo veio para, aparentemente, pôr as coisas no lugar e dar ao Sport o ânimo necessário para encontrar facilmente a vitória no segundo tempo. Foi quando o Petrolina aprontou uma nova surpresa: ao invés de se fechar mais na defesa, encostou o meio-campo no ataque e passou a realizar contra-ataques mortíferos. O problema foi a falta de qualidade nas conclusões.
As coisas estavam complicadas quando Heriberto mexeu no time, colocando Pedro Neto e Danilo Goiano – antes já tinha posto Ademar na lateral, puxando Possato para o meio.
O adversário estava melhor em campo, mas aos 32 minutos veio o início da salvação rubro-negra, quando Vinícius marcou, aproveitando a sobra de uma cobrança de escanteio. A partir daí, nos 15 minutos finais, o Petrolina perdeu o vigor – especialmente após a expulsão do zagueiro Vágner – e o Sport aproveitou para encurralar o adversário. No final, Pedro Neto – que atuou muito bem – fez um belo gol, decretando a vitória de sua equipe. Resultado importante, diante de um time surpreendente.
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