A cada dia que passa a corda vai se apertando pro lado do Sport em relação ao caso André. O prazo para quitar com a divida junto ao Sporting-POR está se esgotando, e caso o clube não cumpra o prazo pode sofrer sanções da FIFA. De acordo com o artigo 19 do código disciplinar, a penalidade pode chegar a 3 anos sem realizar transações internacionais, além de perder pontos nos campeonatos que participa atualmente.
Apesar de todo esforço da cúpula diretiva do Sport em solucionar o caso, o vice-jurídico do clube, Manoel Veloso, ressalta a possibilidade de perder pontos, assim como o Atlético-MG, que vive situação parecida.
“O presidente está em vias de resolver, mas infelizmente, se nós não conseguirmos, corremos o mesmo risco do Atlético-MG. Mas, repito, o presidente está em vias de resolver”, reiterou Manoel Veloso.
Em janeiro o Sport foi notificado pela Fifa que teria até o último dia 18 de abril como data limite para quitar os valores. Devido a situação da pandemia o clube recebeu mais 30 dias de prorrogação.
“O presidente iria conseguir uma antecipação junto à CBF, mas com a paralisação ficou mais difícil.” afirma Manoel Veloso.
A atualização diária da correção monetária é outro empecilho na negociação. Em fevereiro de 2017, o valor era de € 1,2 milhão (euro) pela aquisição de 50% do passe do atacante, correspondia a cerca de R$ 4 milhões, pela cotação do dia. No entanto, devido a desvalorização da moeda nacional o valor chegou a quase duplicar o total, passando a cerca de R$ 7,1 milhões na cotação atual.
“O valor do Euro é referente à data do pagamento. Não será com a cotação da vinda de André, e sim da data do pagamento”, confirmou o vice-presidente jurídico.
Além disso, o Sport lida ainda com a falta de canal aberto para negociação com o Sporting-POR. O clube lusitano se nega a ter contato com representantes rubro-negros, tratando do caso através da CBF.
“É a CBF quem está em contato direto com o Sporting, porque entendem que o Sport não foi correto com eles. Eles não querem conversa com o clube Sport”, relatou Manoel Veloso, antes de justificar.
“Enfim, são muitos anos devendo, acaba sendo compreensível. Com isso, quem está fazendo a interlocução do caso é a CBF.”
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