AUTORIDADES FORAM OMISSAS? Veja o que dizia relatório da Polícia Civil de Pernambuco! - Foto: Reprodução / Redes Sociais
AUTORIDADES FORAM OMISSAS? Veja o que dizia relatório da Polícia Civil de Pernambuco! - Foto: Reprodução / Redes Sociais

AUTORIDADES FORAM OMISSAS? Veja o que dizia relatório da Polícia Civil de Pernambuco!

A violência extrema registrada na capital de Pernambuco no último sábado (1º), antes do Clássico das Multidões entre Sport e Santa Cruz, poderia ter sido evitada. Segundo um relatório da Delegacia de Polícia de Repressão à Intolerância Esportiva (DPRIE), ao qual o G1 teve acesso, a Polícia Civil de Pernambuco já tinha conhecimento dos confrontos planejados entre torcidas organizadas.

O documento, elaborado antes da partida, alertava sobre o risco iminente e deveria servir de base para a Secretaria de Defesa Social (SDS) evitar os tumultos. No entanto, os confrontos ocorreram e resultaram em 12 pessoas hospitalizadas, incluindo um torcedor que sofreu agressões brutais e violência sexual com uma barra de ferro.

Relatório revela que a Polícia Civil de Pernambuco tinha conhecimento de possível confronto — Foto: Reprodução/WhatsApp
Relatório revela que a Polícia Civil de Pernambuco tinha conhecimento de possível confronto — Foto: Reprodução/WhatsApp

Planejamento antecipado da violência em Pernambuco

O relatório da DPRIE revelou que membros das torcidas organizadas estavam confeccionando armas caseiras, bombas artesanais e objetos perfurantes, como barrotes com pregos, para provocar o maior dano possível aos rivais. O documento também apontava que os confrontos já estavam marcados em diferentes pontos da cidade.

“Vimos que os envolvidos se preparam para possíveis confrontos no dia 01/02/2025, aguardam com bastante expectativa. Como também conseguimos informes que os integrantes preparam bombas caseiras e barrotes com pregos para lesionar o rival com o maior dano possível, bem como danificar patrimônios privados e públicos no deslocamento até o estádio”, afirma o documento da Polícia Civil.

Apesar das informações, o policiamento não conseguiu evitar os ataques. Imagens que circularam nas redes sociais mostram o momento em que as torcidas se encontram, mesmo com escolta da Polícia Militar.

Torcida do rival informou a polícia seu trajeto - Foto: Reprodução/Instagram
Torcida do rival informou a polícia seu trajeto – Foto: Reprodução/Instagram

Secretaria de Defesa Social nega falha no policiamento

Durante entrevista coletiva após os tumultos, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, afirmou que não houve falha no policiamento. Segundo ele, o grande deslocamento de torcedores pela cidade dificultou a prevenção dos confrontos.

“Foram 27 mil pagantes, se deslocando de vários locais, então o confronto pode ocorrer em qualquer ponto. Tinham 654 policiais, todos os recursos disponíveis da Região Metropolitana foram empenhados nessa ocorrência”, justificou o secretário.

No entanto, a argumentação ignora o relatório da DPRIE, que já apontava os locais e a intenção dos confrontos previamente marcados pelas torcidas.

Foto: Reprodução / Redes Sociais
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Prisões e medidas punitivas

A Polícia Militar encaminhou 32 pessoas envolvidas nas brigas para delegacias da Região Metropolitana do Recife. Desses, seis torcedores foram presos em flagrante e encaminhados para audiência de custódia. Além disso, outros três torcedores foram presos no Cabo de Santo Agostinho após um confronto no município.

Como resposta à violência, o Governo de Pernambuco determinou que os próximos cinco jogos do Sport e do Santa Cruz serão disputados sem público. Além disso, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que os clubes passem a adotar cadastramento biométrico de seus torcedores.

O Sport, no entanto, anunciou que irá recorrer da decisão, classificando a medida como uma punição injusta ao clube. A tendência é que o Santa Cruz também tome a mesma atitude.

A violência entre torcidas organizadas em Pernambuco chegou a um patamar alarmante. A revelação de que a Polícia Civil já sabia dos confrontos planejados, mas mesmo assim não conseguiu evitá-los, levanta questionamentos sobre a eficácia da segurança pública.

Enquanto não houver medidas mais rígidas e uma atuação mais eficaz, cenas de guerra urbana continuarão a aterrorizar a população e manchar o futebol pernambucano.

Informações do G1, reportagem de Íris Costa.

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