Mesmo no G4 da Série B, as cobranças no Sport não são poucas. Principalmente por reforços ao elenco. Quando a venda do atacante Mikael por R$ 15 milhões foi concretizada, a opinião de parte dos rubro-negros acompanhou os anseios por novas peças. Porém, a realidade do clube se desenha diferente. Em entrevista concedida à Rádio Clube de Pernambuco, Yuri Romão destacou que antes de adquirir novos débitos, o Sport precisa lidar com os seus custos operacionais, sobretudo de salários, além do robusto passivo que volta e meia ameaça travar as atividades financeiras do Leão.
“Se tem uma coisa que Yuri Romão e toda a sua equipe têm, é o zelo com os recursos do clube. Precisa contratar no meio do ano? Precisa. Qual é a nossa realidade? Conseguimos contratar? Temos recursos? Vamos tentar? Vamos. Agora, loucura nós não vamos fazer. Vamos tentar subir para a Série A com o que nós temos. Com uma contratação ou outra, mas dentro da nossa realidade”, assegurou.
“De que adianta trazer um atleta de R$ 400 mil, e quando chegar em agosto faltar o salário? Chegar em setembro, estarem todos de cara feia, sem querer entrar em campo porque eu não paguei o salário? Não adianta.”
“O clube não aguenta mais contratar atleta midiático, pagando R$ 200 mil a R$ 300 mil por mês, em contrato de dois, três anos. Técnicos de R$ 400 mil, até R$ 550 mil por mês, como já tivemos. Não aguenta. Está aí o resultado. Eu, recebendo citação de cobrança de R$ 12 milhões”, relembrou.
“Onde é que eu vou arrumar R$ 12 milhões para pagar? Como se faz isso? Qual a mágica? Qual o ‘pirlimpimpim’ que eu vou fazer? Não se faz mais o futebol dessa forma. Vou terminar de quebrar o clube e jogar a última pá de cal? Se critica outros dirigentes, porque fizeram algumas coisas. Será que está correto fazer as mesmas coisas que os outros fizeram? Me submeter à pressão de contratar jogador midiático? O Sport aguenta pagar esse salário a um atleta? Não aguenta. O Sport não tem condições de pagar isso? Não tem”, finalizou.
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