O ano 2000 é inesquecível para o Sport. O Leão tinha um elenco forte naquela temporada. Tanto que conquistou o pentacampeonato estadual, a Copa do Nordeste e estava na ponta dos cascos para a disputa da Copa João Havelange, uma competição que surgiu em meio a um imbróglio jurídico que nem vale a pena descrever por aqui.
O fato é que o Rubro-negro fez uma brilhante campanha. Uma equipe temida pelos adversários. Encerrou a primeira fase da competição, no segundo lugar, atrás apenas do Cruzeiro, de Felipão, que era o grande favorito para a conquista. No meio da competição, o Sport fez uma daquelas partidas que não saem na cabeça de qualquer rubro-negro: a vitória sobre o São Paulo, por 4×3, na Ilha do Retiro.
O Sport precisava da vitória para conseguir a classificação à próxima fase da competição. E logo do primeiro minuto de bola rolando, Nildo abria o placar. Festa na Ilha. Mas teria tensão também. Porque o São Paulo empatava no final do primeiro tempo, com Marcelo Ramos. E o segundo tempo seria quase todo assim.
Com direito a confusão, empurra-empurra, bate-boca e expulsões. Mas o Leão se saiu melhor. No começo do segundo tempo, Taílson matou no peito e, na pequena área, estufou as redes de Rogério Ceni. Mas nem deu tempo para festejar muito. Dois minutos depois, Rogério Pinheiro desvia de cabeça e deixa tudo igual.
Depois de muita disputa em campo, Adriano bate bem uma falta e manda a bola no ângulo de Ceni. O cronometro marcava 41 minutos do segundo tempo, quando a arbitragem marcava pênalti para o São Paulo. Marcelo Ramos cobrou bem e deixou tudo igual.
A torcida confiava tanto naquele Sport que ninguém desanimou. Seguiu apoiando a equipe que foi em busca da vitória. No último minuto, Nildo arriscou de longe um chute rasteiro e acertou o canto direito. Vitória suada, sofrida, mas saborosa do Sport, por 4×3. E lá se vão 24 anos que ninguém esquece.
Escalações
Sport: Bosco, Russo, Sandro Blum, Erlon e Dutra; Leomar, Sidney, Nildo e Adriano (Sandro Gaúcho); Leonardo e Taílson. Técnico: Emerson Leão.
São Paulo: Rogério Ceni, Beletti, Rogério Pinheiro, Ayala e Gustavo Nery; Alexandre, Maldonado (Jean), Fábio Simplício e Beto (Ilan); França (Júlio Baptista) e Marcelo Ramos. Técnico: Levir Culpi.
Gols: Nildo, 1 minuto, Marcelo Ramos, aos 45 do primeiro tempo; Taílson, aos 2, Rogério Pinheiro, aos 4, Adriano, aos 35, Marcelo Ramos, aos 41, e Nildo, aos 45 minutos do segundo tempo.
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