O atacante Rodrigão se lesionou ainda na primeira fase do Campeonato Pernambucano, e só voltou a jogar pelo Sport no final de abril. Acionado do banco contra o Ituano, ele esteve em campo durante 43 minutos. Desde então, só foi acionado uma vez, na derrota contra o CSA. Aos 28 anos, Rodrigão rescindiu com o Santos (em fevereiro) e assumiu um contrato de risco na Ilha do Retiro. Afinal, teria apenas três meses para conseguir quebrar metas e renovar o vínculo até o fim da temporada.
O Sport terminou adiando o processo de avaliação do centroavante, por conta da lesão no tornozelo, sofrida no início de março. Porém, a situação do jogador segue sem uma definição oficial. Ele ficou fora da relação contra Chapecoense e Novorizontino, fato que reforça a ideia de que ele não está mais nos planos do clube.
O MeuSport recebeu a informação de que ele dificilmente segue no clube. Seu contrato encerra dia 31 de maio. Hoje é dia 20. Falamos com Thiago Taveira, empresário do atleta, que revelou não ter novidades sobre uma possível renovação de contrato. No contrato firmado em fevereiro, Rodrigão tinha metas a cumprir para conseguir uma renovação automática até o fim do ano. Na sequência, novas metas ainda preveem uma segunda renovação, para 2023.
O Sport evita detalhes sobre os números, mas confirma que as metas ainda não foram alcançadas. Rodrigão está com dez partidas disputadas pelo Rubro-negro, sendo quatro como titular. Marcou dois gols nesse período, contra Bahia e Santa Cruz.
RODRIGÃO “FORA” DO SPORT?!
Sport corre risco de voltar a ser punido e ficar sem registrar atletas em nova janela de transferência
A diretoria do Sport terá que solucionar as questões judiciais junto a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) para que uma nova punição não volte a acontecer ao clube por parte do órgão, impedindo o leão de contratar novos atletas. O clube pode voltar a ser punido pela CNRD por conta de novos processos movidos contra o clube por conta do não pagamento de débitos com jogadores e representante de atletas envolvidos nas transferências.
A confirmação foi feita pelo vice-presidente jurídico rubro-negro, Rodrigo Guedes, em entrevista para Jorge Soares, da Rádio Clube, que afirmou que o Leão se “queimou” com a CNRD.
“Sim. Ameaça sim (uma nova punição) para essa nova janela. Temos que fazer as coisas com cuidado e cautela para ir buscar resolver. O Sport hoje está no limite da CNRD. Foram feitos vários acordos nesses processos que não foram cumpridos. A gente se queimou na CNRD. O Sport deu a palavra e não conseguiu cumprir. Eles perderam a paciência com o Sport. O Sport é uma pessoa non grata. A gente, infelizmente, não temos a confiança do tribunal da CNRD e estamos tentando trazer isso de volta com os débitos que estamos pagando. Atualmente temos sete processos parcelados, mas infelizmente não temos dinheiro para pagar mais. A gente precisa pagar um para começar a pagar outro”, disse.
O Sport tem cerca de 40 processos na CNRD que totalizam um valor próximo a R$ 18 milhões. O jurídico do clube já tem um acordo com aproximadamente sete ações que estão sendo honradas, mas a situação financeira momentânea não comporta o pagamento de outros débitos que só poderão ser honrados ao encerrar a quitação desses acordos atuais. Mas o Sport se encontra no limite na CNRD, porque mais três ações podem causar uma punição ao clube, como são os casos de André, Betinho e Ricardinho.
No caso do centroavante, são três ações do jogador contra o clube. A dívida foi feita na segunda passagem de André que, antes de ser transferido para o Grêmio, tinha salários a receber do Sport e chegou a um acordo com a diretoria da época para a divisão em 10 parcelas. Porém, o clube não efetuou o pagamento e, ao longo deste período, três notificações foram realizadas e, atualmente, o valor cobrado por André é de R$ 480 mil.
Ricardinho cobra o pagamento de R$ 40 mil de salários não pagos e a empresa que intermediou a transferência do jogador ao Sport foi a CNRD cobrando o pagamento de R$ 200 mil. Outra ação que preocupa o jurídico do Leão é o caso da Tombense envolvendo o volante Betinho, que cobra o valor de R$ 731 mil pelo não pagamento de 30% da compra do atleta, além da rescisão de contrato do jogador.
“Realmente, a cada dia a gente vai se surpreendendo com a quantidade de compromissos que o Sport deixou de honrar. A nossa gestão está tentando fazer com que os compromissos sejam cumpridos, trazer de volta a credibilidade, mas realmente tá muito difícil. A gente faz uma programação, priorizamos alguns casos, aí logo depois chega outros com urgência… Fizemos um ciclo financeiro para pagar com urgência a CNRD, mas como se passou muito tempo sem pagar nada, está estourando tudo agora. ”, encerrou o Dr. Rodrigo Guedes.
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