Há momentos em que o silêncio é a resposta mais inteligente. O filósofo Sócrates disse que “quando alguém não tem nada a oferecer, além de ruídos e ofensas, o silêncio se torna a resposta mais eloquente.” E no Sport é assim.
Mas essa parece ser uma lição que dirigentes, treinadores e jogadores simplesmente se recusam a aprender. Quando a maré está favorável, correm para microfones e redes sociais, vendendo uma imagem de eficiência e “grande trabalho”.

A autoproclamação de sucesso é imediata, quase automática. O problema surge quando o barco começa a afundar. A mesma disposição em falar some como mágica: o discurso vira fuga, a transparência dá lugar a desculpas esfarrapadas e, muitas vezes, à covardia de se esconder.
Nos últimos dias as entrevistas que deveriam trazer explicações e clareza só serviram para alimentar desconfiança e expor ainda mais a falta de convicção dos projetos. É uma velha prática: bater no peito na vitória e sumir na derrota. É fácil cantar vitória, difícil é assumir responsabilidade.
A postura de muitos dirigentes beira o deboche com o torcedor, que continua pagando ingresso, sofrendo na arquibancada e acreditando em promessas vazias.

Jogadores e técnicos, por sua vez, preferem posar de vítimas quando a cobrança chega – esquecendo que foram eles mesmos que venderam a imagem de um “projeto sólido”.
O torcedor não é ingênuo. Percebe a incoerência, a soberba no sucesso e o silêncio cúmplice no fracasso. E é justamente essa ausência de responsabilidade pública que corrói ainda mais a confiança nos gestores e no futebol local.
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