Enquanto o time tropeça em campo como se procurasse novos jeitos de decepcionar, nos bastidores o Sport vive um turbilhão que só agrava o caos. A carta dos ex-presidentes defendendo o nome de Severino Otávio para um processo eleitoral definido pelo Conselho acendeu o estopim da oposição.
Hoje, provavelmente pela manhã, parte do grupo que assinou o manifesto se reúne com Branquinho. O movimento Leões Pela Mudança já deixou claro: não aceita atalho, quer renúncia de Yuri Romão e eleição direta neste ano.

Do outro lado, um bloco de conselheiros avalizado por Luciano Bivar, Pedro Leonardo Lacerda e ex-dirigentes como Fred Domingos e Dominguinhos, protocolou pedido de reunião extraordinária para o dia 25 com uma pauta que, por si só, mostra o tamanho da crise: a oficialização da saída de Yuri Romão.
O afastamento preventivo de Raphael Campos e Fernando Soares, com base no Estatuto e na Lei Geral do Esporte; e a divulgação imediata do calendário eleitoral, garantindo voto e posse até 31 de dezembro. O Sport vive um dos momentos mais delicados de sua história.

Os “bombeiros” tentam apagar focos de incêndio que se multiplicam, mas precisam de mais mãos, de mais coragem e de menos vaidades. É nítido que 2025 não pode começar sem a legitimidade das urnas. Uma eleição ampla, direta e transparente é o único gesto capaz de devolver algum respiro.
E será preciso um encontro verdadeiro: oposição, ex-presidentes, dirigentes, conselheiros. Todos na mesa, sem rancor, sem revanchismo, sem vaidades. E com a noção de que o Sport é maior do que qualquer orgulho ferido.
Texto publicado pelo DP
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