Após ser esquecido, Blas Cáceres ressurge no Sport e fala sobre polêmica com Gilmar Dal Pozzo

Blas Cáceres - Sport
Blas Cáceres - Sport

Esquecido no Sport, por Gilmar Dal Pozzo, o volante Blas Cáceres não queria conversar, pois entende pouco o português, e o idioma acabou sendo a principal barreira para se adaptar ao Sport. O momento, contudo, era necessário. O paraguaio sumiu das relações do Sport durante dois meses, e terminou se tornado o principal expoente das cobranças da torcida sobre as escolhas do agora ex-técnico Dal Pozzo.

Existe duas versões para essa história. Segundo o jornalista Pedro Maranhão, houve um “atrito” entre o técnico e o atleta há um tempo. E desde então, o jogador foi colocado de lado. Essa versão é confirmada por fontes dentro do clube. Porém, segundo o Blog do Torcedor, após atuar na eliminação para o Altos-PI, na Copa do Brasil, Blas se queixou de dores na coxa e não viajou com o grupo para encarar o Bahia, pela Copa do Nordeste, três dias depois.

Realizado um exame de imagem na região apontada, não teria sido detectado nenhum problema físico no jogador. O ocorrido haveria causado descontentamento interno, o que teria gerado uma desconfiança com o atleta, logo relatada a Gilmar Dal Pozzo, ao assumir o comando do Sport. O clube não confirmou oficialmente o motivo da ausência de Blas Cárceres nas últimas sete partidas pela Série B.

Em entrevista à Rádio Clube de Pernambuco há algum tempo, o presidente do Sport, Yuri Romão, comentou a situação entre Blás e Gilmar. Segundo o mandatário, não houve atrito, mas uma “conversa”, intermediada pelo vice-presidente Augusto Carreras entre o atleta e o treinador, sobre o papel do volante no elenco. Na reunião, o paraguaio exigiu mais minutos em campo, mas, conforme Romão, sem exaltações de ambos lados.

“Converso muito com Cáceres, que é um atleta de bom caráter e que tenho uma atenção especial por ser um rapaz muito bem quisto pelo grupo. Até onde sei, ele questionou a comissão técnica o porquê dele não estar sendo aproveitado e acho que é um direito dele. Houve uma conversa intermediada pelo vice-presidente Augusto Carreras entre Blás e o técnico Dal Pozzo”.

“Isso deve ter uns 30 dias (Há época), se não me engano. Daí a dizer que houve atrito, acho que há um exagero na afirmação do jornalista Pedro Maranhão. Acho não, tenho certeza. A não ser que tenha acontecido e não estou sabendo”, disse Romão.

Apesar da postura tímida e da pouca intimidade com o idioma, a conversa terminou se tornando uma ferramenta determinante para a história do paraguaio no Sport. No fim de semana, após a demissão do técnico e com a chegada de Lisca, o paraguaio voltou ao time titular pela primeira vez desde março.

“Eu soube no vestiário. Lisca disse para todos estarem preparados e quando vi eu estava de titular”, conta o volante, com um sorriso no rosto.

Blas chegou ao Sport no início do ano, por indicação do também paraguaio Gustavo Florentín, e fez cinco jogos como titular antes de perder espaço, por opção técnica. A dificuldade permaneceu após a demissão de Florentín e a chegada de Dal Pozzo, foi quando o jogador buscou contato com o técnico.

“Ele falava para me preparar que o momento iria chegar. Mas os jogadores que vinham jogando estavam bem e era muito difícil de entrar. Eu fiz a minha parte e ele fez a dele”, diz o volante.

Os meses de “esquecimento” no elenco não deixaram mágoas para o volante. Segundo ele, serviu de ensino. No último ato antes da demissão, Dal Pozzo acionou o paraguaio durante os cinco minutos finais do empate contra o Brusque, na Ilha do Retiro. Era a volta após mais de quatro meses sem entrar em campo. Blas suspira.

“Me ajudou a me auto superar na adaptação. Acho que foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Porque ficar fora quase dois meses sem jogar, para um jogador é muito difícil”, finalizou.

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