Ex-jogador do Sport afirma ter sofrido racismo em jogo do Brasileirão; Veja detalhes

Fellipe Bastos jogou pelo Sport em 2018
Fellipe Bastos jogou pelo Sport em 2018

Sport de olho! O Fellipe Bastos, volante do Goiás, revelou ser sido vítima de racismo após a vitória do Goiás, diante do Atlético-GO, pela Série A. O caso ocorreu na saída para os vestiários do estádio Antônio Accioly, quando um torcedor adversário chamou o jogador de “macaco”. O atleta defendeu as cores do Sport em 2018, e se revoltou com a situação, procurando identificar o torcedor, sem sucesso. Após a partida, Bastos cedeu entrevista coletiva.

“Aconteceu um ato racista. Eu estava saindo para o vestiário e um rapaz com óculos na cabeça me chamou de macaco. Eu voltei e falei para ele repetir. E ele falou: ‘macaco’. Me chamou duas vezes de macaco. No mundo em que a gente vive, o ato racista nos deixa entristecido”, explicou.

O volante reiterou a falta de suporte da polícia e dos seguranças próximos ao caso, que não identificaram o torcedor.

“As pessoas que estavam atrás de mim e ali do lado viram. O policial e os seguranças poderiam ter identificado o torcedor. É recorrente. Já aconteceu em outros estádios, com outros jogadores, outras pessoas. Temos que dar um basta nisso, só quem sofre é que sente. Eu não queria que isso abafasse nossa primeira vitória no Campeonato Brasileiro, mas é importante falar. Estou assustado, pois é a primeira vez que acontece comigo. Eu pedi para ele repetir e ele repetiu”.

“Estou muito triste, perplexo com o que aconteceu porque não foi só uma vez. Eu pedi para ele repetir e ele repetiu. Ou seja, ele é racista, não tem outra coisa para se falar de uma pessoa que repete o ato errado, que volta e repete o que falou. Estamos vendo acontecimentos no futebol, a gente viu contra o Fortaleza e o Corinthians (na Libertadores)”, lamentou Fellipe.

“Essa pessoa tem que ser identificada, tem que sofrer punição. Não acho que é o clube que tem que sofrer, uma pessoa não diz o que é o Atlético-GO, mas a pessoa tem que sofrer a punição. É fácil identificar, pois ele me chamou duas vezes de macaco”, finalizou.

Até o momento, o Atlético-GO não se pronunciou sobre o caso. O técnico do Dragão, após o jogo, prestou solidariedade a Fellipe Bastos pelo ocorrido. Umbertou Louzer, que comandou o Sport em 2021, compareceu à sala de entrevista em que Fellipe estava para conversar com o volante.

https://twitter.com/nathfreitasm_/status/1523423303972847617

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