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Se houve qualquer traço de saudade do meia Hugo, o time do Sport conseguiu esconder à perfeição. É precipitado cravar que o talentoso jogador não fará falta ao Leão no longo prazo – mas nesta quarta-feira, na Ilha do Retiro, diante do Chã Grande, o Rubro-Negro não demonstrou sentir, mesmo minimamente, a ausência do agora ex-atleta leonino. Com velocidade e organização, a equipe massacrou o adversário por confortáveis 5 x 0 e assumiu provisoriamente a vice-liderança do Campeonato Pernambucano Coca-Cola 2013.
No início do primeiro tempo, o Chã Grande teve uma postura agressiva. Tentou ignorar o mando de campo e a tradição do adversário. Deu-se mal e pagou caro pela ousadia, porque os dois primeiros gols do Sport foram em contra-ataques de jogadas desperdiçadas pelos visitantes. Até os seis minutos, o time do interior tinha mais a bola. Não criava, mas impedia que o Leão criasse. Aos sete, contudo, levou um contra-golpe rápido, no qual Roger fez boa tabela com Felipe Azevedo. O camisa nove recebeu na entrada de área e encheu o pé. Dida não teve nem chance: 1 x 0.
O gol mostrou que, talvez, encarar o Sport de igual para igual não fosse a melhor opção para o Chã Grande, fora de casa. Mas o time não conseguiu perceber isso. Seguiu tentando ser agressivo. Foi castigado de novo, aos 13. Em mais um contra-ataque, o Leão foi veloz e organizado. Tanto que Cicinho recebeu sozinho, dentro da área, na frente de Dida. Sem afobação, o lateral mostrou cacoete de atacante ao driblar o arqueiro e ampliar.
Agora, sim, o Chã Grande diminuiu o ritmo ofensivo. Mas não aumentou a qualidade defensiva. Continuou dando espaço para o ataque do Leão, que atuou bem, de modo geral. Os jovens Érico Júnior e Lucas Lima ajudaram bastante com velocidade. Muitos dribles do primeiro e ótimos passes do segundo. Roger também esteve bem. Marcou dois gols: o segundo deles aos 29, após passe do substituto de Hugo. O centroavante repetiui Cicinho e, com tranquilidade, driblou o goleiro e marcou o terceiro.
Com 3 x 0 no placar, o Sport diminuiu o ritmo naturalmente. Por conta disso – e pelas duas substituições de Maurílio Silva- o Chã Grande cresceu. Temisson, pela esquerda, e Alisson, na direita, deram trabalho para o Leão. Os donos da casa apenas administraram o placar e assustaram eventualmente no início da segunda etapa. Sérgio Guedes também fez mudanças. Tirou Érico Júnior, no início do segundo tempo, e colocou Marcos Aurélio. Na posição em que a torcida gosta de vê-lo, o camisa 10 mostrou, com chutes perigosos e boa mobilidade, que funciona melhor assim do que no meio.
Mesmo sem precisar dar o máximo, o Sport ampliou. O gol veio aos 30, pelos pés de Felipe Azevedo, que teve pouca participação na partida – algo incomum quando se trata do atacante. O tento foi de pênalti, sofrido por Roger. O centroavante recebeu grande passe de Lucas Lima, mais um, e driblou Dida. Para não ser ultrapassado pela terceira vez na partida, o arqueiro derrubou o artilheiro da noite. Penalidade para o Leão, amarelo para o goleiro e vermelho para o meia Tiago Lima, do Chã Grande, por reclamação.
Aos 41, Matheus Lima – que entrara no lugar de Roger havia pouco- também deixou o seu. Marcos Aurélio fez uma linda jogada. De costas, deu um chapéu no adversário. Depois de pegar a bola, tocou para Lima, que, sozinho, teve tempo para escolher o canto, deslocar o goleiro e sacramentar a goleada leonina.
Ficha do jogo
Sport: Magrão; Cicinho, Tobi, Gabriel e Reinaldo; Fábio Bahia, Marino (Moacir(, Lucas Lima e Erico Junior (Marcos Aurélio); Roger e Felipe Azevedo. Técnico: Sérgio Guedes
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