O duelo entre Sport e Vasco, neste sábado (12), às 21h, pela terceira rodada da Série A do Brasileirão, resgata uma conexão histórica entre os dois clubes. Mais do que a semelhança nos gritos de guerra — “cazá, cazá” e “casaca” —, existe uma verdadeira ponte de talentos que saiu da Ilha do Retiro direto para brilhar em São Januário. Desde os anos 1940, o Leão da Ilha revelou craques que marcaram época com a camisa cruzmaltina.

Ademir de Menezes: o pioneiro
Tudo começou com o lendário Ademir Marques de Menezes. Em 1941, ele já era o artilheiro do campeonato pernambucano quando o Sport embarcou numa excursão nacional. Em São Januário, após um jogo espetacular contra o próprio Vasco — onde Ademir fez três gols e participou de mais dois na virada por 5 a 4 — ele chamou atenção. Logo depois, recusou o Fluminense e acertou com o Vasco, recebendo 40 contos e tornando-se o primeiro jogador da história do futebol brasileiro a receber “luvas”.
No clube carioca, Ademir marcou 282 gols em 407 jogos. Além de ser o maior ídolo do Vasco até o surgimento de Roberto Dinamite, foi artilheiro da Copa do Mundo de 1950 e revolucionou a tática do futebol com suas famosas arrancadas.

Vavá: o Peito de Aço
Seguindo a trilha de Ademir, surgiu Vavá, o Peito de Aço. Também formado no Sport, ele defendeu o Leão em 1949 e 1950, antes de assumir o posto deixado por Ademir no Vasco. No Rio, Vavá conquistou títulos importantes, como os Estaduais de 1952, 1956 e 1958, além do Rio-São Paulo de 1958. Pela Seleção Brasileira, foi bicampeão mundial em 1958 e 1962. Com 150 gols pelo Vasco, o pernambucano entrou para a história do clube e do futebol mundial.

Almir Pernambuquinho: talento e temperamento
Nos anos 1950, a ponte aérea Sport-Vasco ganhou mais um nome de peso: Almir Pernambuquinho. Revelado pelo Leão em 1956, Almir se transferiu para o Vasco no ano seguinte. Em campo, era craque. Fora dele, polêmico. Dono de um temperamento explosivo, ganhou notoriedade pelos gols e pelas brigas. Foi campeão carioca em 1958 e defendeu também Corinthians, Santos, Flamengo e América-RJ.

Juninho Pernambucano: o Reizinho da Colina
Na década de 1990, um garoto tímido e talentoso surgiu no Sport. Juninho Pernambucano, revelado em 1993, brilhou com a camisa rubro-negra ao lado de Chiquinho e Leonardo. Dois anos depois, partiu para o Vasco, onde virou ídolo eterno. Dono de um chute potente e muita visão de jogo, ajudou a construir um dos maiores esquadrões da história cruzmaltina.
Juninho conquistou títulos como a Libertadores de 1998, os Brasileiros de 1997 e 2000, além da Copa Mercosul e o Carioca de 1998. O gol de falta contra o River Plate, no Monumental de Nuñez, se transformou em música entoada pelos vascaínos. Posteriormente, virou ídolo do Lyon e disputou a Copa do Mundo de 2006.

Uma ligação que resiste ao tempo
A cada geração, Sport e Vasco reforçam sua ligação. A Ilha do Retiro serviu como ponto de partida para alguns dos maiores nomes da história vascaína. Neste sábado, o duelo em São Januário resgata não só a rivalidade esportiva, mas também um elo construído com talento, gols e títulos. Afinal, o que começa no Recife pode, sim, fazer história no Rio.

Calendário completo do Sport para as próximas rodadas:
12/04 – Campeonato Brasileiro – 3ª rodada – SAB – 21:00
Vasco
16/04 – Campeonato Brasileiro – 4ª rodada – QUA – 19:00
RB Bragantino
19/04 – Campeonato Brasileiro – 5ª rodada – SAB – 16:00
Corinthians
26/04 – Campeonato Brasileiro – 6ª rodada – SAB – 16:00
Fortaleza
03/05 – Campeonato Brasileiro – 6ª rodada – SAB – 18:30
Fluminense

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