O atacante Peglow foi contratado pelo Sport há pouco mais de um mês, vindo por empréstimo do Internacional. Porém, surpreendeu a torcida leonina o fato do atleta ainda não ter atuado, tudo por conta de uma punição recebida quando jogava na Ucrânia. O porém é que, o Sport já sabia da punição e bancou a contratação mesmo assim.
A revelação foi feita pelo executivo de futebol rubro-negro, Jorge Andrade, ao Cast FC. De acordo com o dirigente, o clube possuía “convicção no jogador” e também se apoiava em precedentes jurídicos para derrubar a punição sofrida por Peglow quando atuava no Dnipro.
“Ele acabou expulso na última partida e quando iniciamos as conversas com o Internacional, sabíamos que tinha uma punição. O que não tínhamos ciência era o total de jogos, pelo momento que aquele país vive de guerra. Fizemos contatos, mas eles não passavam informação, nem o clube (Dnipro) nem a Federação (Ucraniana)”, iniciou Jorge Andrade.
“Nós sabíamos que viria no TMS (Transfer Matching System), que é o sistema que faz a transferência internacional. Quando houve a transferência, fomos informados pela Federação que viria uma punição de oito jogos. Sabíamos dela quando foi feita essa transferência para o momento de regularização”, acrescentou o executivo.
“Houve várias jurisprudências desses casos, de jogador com esse tipo de punição, onde foi conseguida a reversão dela. Então tínhamos, não uma segurança, mas algo positivo de que poderia acontecer, mesmo sabendo que iria para decisão do juiz e tribunal. Mas ainda assim, como foi no caso do Filipinho, temos total convicção e contratamos o jogador. Então teríamos não oito, mas sete (jogos) de punição. Então contra o Tombense ele poderia jogar”, falou.
Jorge Andrade explicou que o departamento jurídico do Sport vinha trabalhando para que a pena fosse revertida, e até citou como exemplo onde, no último sábado (22), antes do jogo contra o Sampaio Corrêa no domingo (23), o Leão conseguiu uma liminar onde liberava Peglow para atuar. Só que, pouco depois, o próprio presidente do STJD derrubou a liminar.
“O jurídico tentou fazer a conversão de pena, mas veio a punição e nós fomos ao STJD, da qual se tem um novo presidente, e lá nós pedimos a conversão. No primeiro momento não saiu a decisão, e em todos os jogos que ele foi para o banco, se tinha uma expectativa de que o STJD liberasse, mas eles pediram mais informações para a CBF. Esse processo acabou se tornando um pouco mais longo. No sábado (22), saiu uma liminar do vice-presidente do STJD, mas acabou sendo cassada pelo presidente”, explicou o executivo do Sport.
“Pela informação que a gente tem, que é até uma questão mais jurídica, houve uma mudança de entendimento em toda essa jurisprudência devido a questão das apostas. Se não me engano, tem o caso do Eduardo Bauermann, que foi transferido para um time da Turquia, e a CBF pediu para a FIFA que o jogador cumprisse a pena”, disse.
“Então parece que foi feito um tipo de convênio entre CBF e FIFA, a partir de agora, mudou esse entendimento. Por isso não foi dada a conversão de pena para o Peglow. Mas nós tínhamos consciência sim da punição. Poderíamos ter dito que não queria mais o atleta, mas apostamos nele. Temos convicção que ele pode ajudar”, concluiu o dirigente do Sport.
COLETIVA DE ENDERSON MOREIRA (SAMPAIO CORRÊA x SPORT)
Veja mais notícias do Sport, acompanhe a classificação além da história e títulos do Sport Club do Recife.