Se há um treinador no Sport que conquistou uma unanimidade negativa este é o português António Oliveira. Em menos de um mês e quatro jogos à frente da equipe, conseguiu desmantelar o que ainda restava da boa fase vivida sob o comando de seu compatriota Pepa, sem apresentar nada de positivo.

Um comentário merece destaque e serve como base para a atual situação: “o estrago foi feito em janeiro”, disse o treinador. No ano em que o Sport alcançou seu maior faturamento financeiro em 120 anos de história, o planejamento esportivo foi de uma incompetência sem precedentes. As contratações de alguns atletas, especialmente os portugueses, contaram com o aval de parte da imprensa.
Nomes que passaram por grandes clubes europeus levantaram expectativas, mas uma questão permanece: realmente desejavam jogar em nosso País, em um clube que, no cenário nacional, estava fora dos holofotes e retornava à Série A após três anos? Qual era a identificação deles com o Sport?

É compreensível que o período de adaptação pese, mas a diretoria falhou em reconhecer que grande parte desses jogadores não têm afinidade com a história do clube. E o impacto financeiro dessas aquisições foi alarmante. Carlos Alberto, reserva do Botafogo, teve parte dos seus direitos econômicos adquiridos por R$ 15 milhões.
Já Matheus Alexandre, após duas temporadas no Cuiabá, custou R$ 9 milhões. Quem foi o responsável por esse portfólio? Quem entregou essas fichas ao Pepa, que, por sua vez, aceitou essas contratações? São perguntas sem resposta. Quando as coisas vão bem, surgem figuras que se apresentam como responsáveis. Quando dão errado, todos se escondem.
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