Um dos maiores técnicos da história do Sport, Emerson Leão esteve por trás de duas das melhores campanhas do clube em campeonatos nacionais, na Copa União de 1987 e na Taça João Havelange de 2000. O ex-goleiro, em entrevista ao canal do YouTube ‘Flávio Prado entre amigos’, tem a convicção que o Leão da Ilha do Retiro conseguiria parar o Flamengo.
O regulamento previsto pela CBF indicava dois grupos com 16 times, conhecidos como módulo verde e amarelo. Passada a primeira fase, os dois primeiros colocados de cada lado se enfrentariam em um quadrangular final. Flamengo e Internacional, vencedores do módulo verde, não participaram. Coube ao Sport e Guarani, campeões do amarelo, decidirem o título.
“O Flamengo não quis jogar, acho que seria difícil bater o Sport naquela época, mas eles tinham um time maravilhoso e eram superiores. Porém, dentro do campo da Ilha do Retiro, cheio de buracos, não ia ganhar não (risos)”. disse.
Emerson Leão era visto como um dos maiores goleiros do Brasil na décadas de 70 e 80, inclusive sendo o titular da Seleção Brasileira nas Copas de 1974 e 1978. Depois da segunda passagem pelo Palmeiras, clube em que viveu seus melhores momentos como jogador, Leão já pensava na aposentadoria, mas foi convencido a continuar a jogar.
“Na época eu já tinha uma casa em Porto de Galinhas, estava de férias e ia parar de jogar. Quando foi um diretor, um pernambucano falante, chamado Homero Lacerda, que conversou comigo. Nisso, perguntei para minha mulher se ela queria passar um ano no Nordeste para saber como é viver lá. Conclusão: fomos. Comecei a jogar, em 15 dias estava em forma, estava jogando por prazer, foi muito bom, a torcida do Sport é forte, o clube estava precisando disso”, relatou.
“Um pouco antes de terminar o Campeonato Pernambucano, eles (diretores) me chamaram depois de um jogo. Haviam tirado o treinador (Ernesto Guedes) e me convidaram para ser o técnico do time. Eu disse que nunca tinha pensado em assumir, mas que aceitava até o final do ano”, disse.
“Comecei a dar treino para os meus companheiros, tive que mudar a filosofia (risos). Tinha um jogador chamado Rogério que eu adorava ele, que vivia brincando comigo. No primeiro dia ele fez uma graça e eu dei uma cortada nele e ele disse ‘nossa, o Leão mudou’. Mas agora eu já estava no outro lado, era o comandante, só que eu sabia a ‘sem-vergonhice’ deles. Conclusão, fizemos um ambiente maravilhoso que deu tudo certo”, contou.
PodCast Entre Amigos – Emerson Leão #023 – SPORT
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