5/02/2025 @ 18:39h

Sport na LFU: Quanto o Leão pode faturar com os novos direitos de TV do Brasileirão?

A disputa entre Libra e Liga Forte União (LFU) para a negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro resultou em valores próximos para cada bloco. O Sport, integrante da LFU, está inserido em um novo modelo de divisão de receitas que promete um impacto significativo nas finanças do clube. Mas, afinal, quanto o Rubro-Negro pode ganhar?

O acordo da LFU e o impacto para o Sport

A LFU adotou uma estratégia de fragmentação dos direitos de transmissão entre diferentes empresas, garantindo um total estimado de R$ 1,6 bilhão anuais. A distribuição dos valores é feita com base no modelo 45-30-25:

45% divididos igualmente entre os clubes da Série A da LFU;
30% conforme a classificação na tabela;
25% de acordo com a audiência.

Com isso, cada clube da LFU deve receber, em média, R$ 130 milhões anuais. No entanto, os valores finais dependerão do desempenho do Sport em campo e da sua relevância para o público.

Quem comprou os direitos da LFU?

Diferente da Libra, que fechou um contrato exclusivo com a Globo, a LFU distribuiu seus direitos entre múltiplas plataformas:

Globo: R$ 850 milhões fixos para cinco jogos por rodada de 12 clubes, com um adicional de 10% da receita bruta do Premiere em 2025 e 5% entre 2026 e 2029.
Amazon: R$ 265 milhões no primeiro ano, com reajuste anual de 10%, garantindo um valor médio de R$ 324 milhões.
Record e CazéTV (YouTube): R$ 200 milhões e R$ 175 milhões, respectivamente, para exibir um jogo por rodada na TV aberta e no streaming.

E a Série B?

Para Série B, a LFU prevê uma receita mínima condicionada ao desempenho geral do bloco. Para 2025, a previsão interna é de que não haverá necessidade de repasses da Série A para a B, graças ao patrocínio da Betano (R$ 40 milhões), à venda das placas publicitárias (R$ 60 milhões) e aos direitos de transmissão da divisão, que devem gerar cerca de R$ 120 milhões.

O Sport saiu ganhando?

O modelo adotado pela LFU garante ao Leão uma previsibilidade financeira significativa, embora inferior ao médio de R$ 151 milhões dos clubes da Libra. No entanto, o repasse de 10% sobre a receita bruta do Premiere pode gerar um faturamento maior, caso o pay-per-view tenha bons números de assinantes.

A divisão de receitas em três partes (igualdade, classificação e audiência) também pode ser um diferencial positivo para o Leão da Ilha, que conta com uma torcida engajada e pode maximizar seus ganhos conforme sua performance no campeonato.

Tendo como base o que vinha acontecendo nos últimos anos é um passo e tanto para o progresso, porém o produto “Futebol brasileiro” ainda é muito mal explorado pelos clubes. Esperamos que um dia isso melhore ainda mais e que os clubes continuem se unindo por um só ideal.

(Com informações de Rodrigo Capelo, GE.)